A situação real do Brasil atualmente

REDE VAREJISTA, QUE CONTA COM 90 LOJAS ESPALHADAS POR DIVERSOS ESTADOS DO BRASIL, TEVE PEDIDO DE FALÊNCIA CONFIRMADO PELO BTG PACTUAL
Dívidas da rede varejista já somam R$ 1 bilhão
Controlador das Lojas Leader, o banco de investimentos BTG Pactual anunciou o pedido de falência da rede varejista. A solicitação foi feita pela família Furlan, dona da rede de lojas paulista Seller, comprada pela Leader em 2013, que reclama pagamento atrasado de R$ 9 milhões na Justiça.
Em nota, o banco BTG Pactual, cujo ex-presidente André Esteves foi preso ano passado na operação Lava Jato, informou que “já discutia valores pleiteados pelos vendedores da Seller, em virtude, dentre outros motivos, de inconformidades patrimoniais e contábeis da empresa, verificadas quando da conclusão da referida alienação”.
Adquirida em 2012 pelo BTG Pactual, a Leader era considerada a aposta do banco para dar início a um movimento de consolidação no setor varejista, de olho no crescimento da classe C.
Um ano depois, o BTG comprou a rede paulista Seller, com 50 lojas, mas o negócio não deu certo. As dificuldades para integrar essa aquisição à estrutura da Leader obrigou a empresa a iniciar no ano passado um amplo processo de reestruturação.
Hoje a Leader é formada por uma rede 90 lojas mas, segundo fontes do mercado, está mergulhada em dívidas, que já somam cerca de R$ 1 bilhão.

CRISE LEVA AO FECHAMENTO DE 95 MIL LOJAS EM 2015
Levantamento evidencia a dimensão da crise no varejo, que afetou todos os setores, inclusive os grandes, diz a CNC
12 FEV2016
Com os consumidores apertando o cinto diante da maior recessão desde 1931, o varejo brasileiro registrou o fechamento de 95,4 mil lojas no ano passado.
O volume corresponde a uma retração de 13,4% nos comércios que empregam pelo menos um funcionário. Esse número é ainda pior entre as grandes lojas do varejo, onde os fechamentos corresponderam a 14,8% dos estabelecimentos, segundo levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
O fechamento das lojas está diretamente associado à queda no volume das vendas. “O levantamento evidencia a dimensão da crise no varejo, que afetou todos os setores, inclusive os grandes, que, teoricamente, têm mais capacidade de enfrentar o quadro recessivo. Além disso, chama a atenção porque ela está presente praticamente no País inteiro”, avalia Fabio Bentes, economista da CNC.
Pior para os hipermercados
Todos os segmentos do varejo apresentaram queda no número de lojas. Os hipermercados, supermercados e mercearias foram os mais afetados levando em consideração o número total de lojas fechadas.
Foram 25,6 mil estabelecimentos fechados no ano passado, de um setor que responde por um em cada três pontos comerciais do País. Junto com as lojas de vestuário e acessórios, o setor respondeu por quase metade (45%) das lojas que saíram de operação.
Em termos relativos, os maiores cortes aconteceram nos setores mais dependentes das condições de crédito, com destaque para material de construção, com 18,3% lojas fechadas. O segmento de informática e comunicação perdeu 16,6% dos seus estabelecimentos e o ramo de móveis e eletrodomésticos encolheu 15%.
As primeiras notícias de 2016 não são animadoras. O Wal-Mart, maior varejista do mundo, encerrou 60 lojas no Brasil.
Entre os estados, apenas Roraima não registrou fechamento de lojas, enquanto o Espírito Santo foi o mais afetado, com 18,5% estabelecimentos a menos seguido por Amapá (-16,6%) e Rio Grande do Sul (-16,4%).
Os estados de São Paulo (-28,9 mil), Minas Gerais (-12,5 mil) e Paraná (-9,4 mil) responderam, juntos, por mais da metade (53,3%) da queda no número de estabelecimentos.
Varejo em sua pior fase
O varejo ampliado, que inclui o setor automotivo e material de construção, acumula queda de 8,4% de janeiro a novembro de 2015, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado supera o primeiro recuo em 15 anos, verificado em 2014 (-1,6%), e caminha para o pior resultado da série histórica.
Com a contínua deterioração do mercado de trabalho e a persistência da inflação em patamar elevado, o desempenho em 2016 tende a continuar negativo, colocando o setor varejista no pior biênio da série histórica, segundo economistas consultados por O Financista.

AZUL DEVOLVE 20 AVIÕES E OFERECE LICENÇAS NÃO REMUNERADAS AOS TRABALHADORES
16/02/2016
Catanho Fernandes
É mais um capítulo da grave situação económico-financeira em que vive o sector da Aviação Comercial no Brasil. A companhia AZUL Linhas Aéreas Brasileiras enviou aos seus trabalhadores um comunicado em que aborda a situação de crise que vive e oferece a possibilidade dos seus funcionários se habilitarem a uma licença não remunerada de entre seis a 24 meses, que, segundo a comunicação, pode ser “uma oportunidade”.
“A ideia – refere o comunicado conhecido nesta segunda-feira, dia 15 de fevereiro – é aproveitar o momento para que, aqueles que tenham interesse, possam realizar projectos pessoais e/ou profissionais, os quais exigiriam um afastamento temporário da AZUL, como por exemplo, cursos com jornada integral ou dedicação aos filhos menores e familiares”.
Embora tenha apanhado de surpresa muitos dos seus colaboradores, a verdade é que era esperada da parte da administração da Azul uma decisão que pudesse atenuar a situação de perdas previstas para os próximos meses, motivada pelo decréscimo de tráfego e abandono inevitável de alguns aeroportos que têm gerado menos movimento. Contudo, a companhia tem aberto outros destinos, nomeadamente com a cooperação do seu operador turístico Azul Viagens, fato que evitará um descalabro maior.
O comunicado que foi dirigido aos tripulantes e encaminhado a todos os trabalhadores, em geral, destaca que a “companhia tem realizado significativos ajustes de capacidade para estarmos mais adequados ao actual e desafiante cenário económico no qual nos encontramos”.
A companhia reconhece que “essas adequações incluem, por exemplo, a redução da nossa oferta de voos e a devolução de mais de 20 aeronaves neste semestre”.
Recorde-se que por via da entrada de David Neeleman no consórcio privado ‘Atlantic Gateway’ que adquiriu 45% do capital da TAP Portugal, a Azul cedeu oito aviões ATR72-600 à OMNI/White Airways que irá voar para a nova marca TAP Express; nove aviões Embraer E190 à PGA – Portugália Airlines, que também voarão com a marca TAP Express; e dois Airbus A330-200, que serão transferidos para Portugal, no início da temporada de Verão IATA, para reforçar a frota de longo curso da TAP. Como vemos este negócio de cruzamento de interesses com o grupo aéreo português permitirá a colocação de 19 aviões, não se conhecendo para já os contornos da negociação. Alguma imprensa portuguesa referiu que a Azul estaria a subalugar os aparelhos, o que na realidade não foi confirmado directamente pelas empresas envolvidas. No seu comunicado a companhia brasileira refere que irá proceder à devolução de mais de 20 aeronaves.
Entretanto, no site ‘Skyliner – Aviation News & More’ especializado na movimentação e novos registos de aeronaves comerciais, lia-se que o ATR72-500, matrícula PP-PTY da Azul, tinha saído da frota da companhia brasileira e devolvido ao lessor com entrega registada no passado dia 11 de fevereiro, no Aeroporto de Billund, na Dinamarca.

FÁBRICA DAS MARCAS DAKO, CONTINENTAL, GE E BOSCH PEDE FALÊNCIA
Grupo Mabe, com unidades no interior paulista, enfrentava diversos problemas financeiros.
O Grupo Mabe do Brasil, representante e fabricante de diversas marcas de eletrodomésticos reconhecidas no país, entre elas GE, Continental, Bosch e Dako, entrou com um pedido de falência no mês de fevereiro.
A empresa, que tem unidades fabris em cidades que compõem a região metropolitana de Campinas, no interior paulista, enfrentava problemas de ordem financeira e trabalhista há meses chegando ao auge da crise no início deste ano de 2016.
De acordo com reportagem publicada pelo jornal Estadão, mais de 2 mil funcionários perderam o emprego. Conforme relatado pelo sindicato do setor, os operários não receberam as verbas rescisórias no prazo correto e aguardam o auxílio da Justiça do Trabalho para resolver a questão. Protestos e até acampamentos na porta das fábricas foram realizados durante as últimas semanas.
A companhia multinacional, com sede no México, era responsável por grande parte da produção e venda de fogões, geladeiras e eletroeletrônicos comercializados nas principais redes de varejo do país. Os consumidores estão em estado de alerta e com dúvidas sobre o atendimento técnico dos produtos adquiridos.
O Procon de São Paulo pede aos clientes das marcas comercializadas pela Mabe que guardem a nota-fiscal, único documento capaz de garantir os direitos no caso de problemas com os equipamentos.
Para quem ainda tem produtos da empresa dentro do prazo de garantia, havendo qualquer defeito, pode exigir a troca por outro equipamento semelhante ou receber o valor de volta diretamente na loja em que efetuou a compra. O mesmo vale para itens adquiridos via internet. Caso o produto ainda não tenha sido entregue, o consumidor também pode solicitar o ressarcimento.
Para equipamentos fora da garantia e que não tenham peças de reposição nas assistências técnicas especializadas, a orientação dos órgãos de defesa do consumidor é a de que seja feita a abertura de processo contra a Mabe na expectativa de receber o valor pago pelo item assim que a Justiça determinar a venda dos bens da empresa e de seus proprietários.

WALMART FECHA 60 LOJAS NO BRASIL
DE SÃO PAULO
15/01/2016 16h39
O Walmart Brasil, terceiro maior grupo supermercadista do país, anunciou nesta sexta-feira (15) o fechamento de 60 lojas no país e a troca de presidente.
O número de unidades encerradas é o dobro do divulgado no fim de dezembro. Na época, o Walmart Brasil havia informado que pretendia fechar 5% do total de 544 supermercados, ou cerca de 30 unidades.
A filial brasileira havia se comprometido em dezembro com a UGT (União Geral dos Trabalhadores) a não demitir os funcionários e a transferi-los para outras lojas. Só seriam desligados os funcionários que não quisessem ser transferidos.
Segundo Ricardo Patah, presidente da UGT, o acordo foi cumprido. “São 4 mil funcionários dessas lojas, sendo que 3 mil foram transferidos e outros 1 mil saíram por opção”, diz.
Patah disse ainda que foram fechadas 17 lojas no Paraná; 14 no Rio Grande do Sul; 6 em São Paulo; 5 em Santa Catarina; 4 no Maranhão; 3 no Mato Grosso do Sul; 3 na Bahia; 2 em Minas Gerais; 2 em Alagoas; 2 na Paraíba; 1 em Goiás e 1 no Ceará.

2015 TEVE 1.047 CONCESSIONÁRIAS FECHADAS E 32.000 DEMITIDOS
São Paulo – O ano de 2015 terminou com 1.047 concessionárias de veículos e peças fechadas no Brasil, o que provocou a perda de 32.000 empregos.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
Os números são consequência direta do desaquecimento do mercado automóveis no país. Durante todo o ano, 2,12 milhões de carros foram comercializados por aqui, uma queda de 24,06% ante 2014.
Quando considerado todo o setor de distribuição de veículos (que abrange também comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários) as vendas chegaram a 3,98 milhões de unidades, quantidade 21,85% menor do que a alcançada no ano anterior.
Para 2016, segundo estimativas da instituição, o cenário será novamente de retração (com queda de 4,57% nas vendas no segmento de automóveis e de 5,20% no setor em geral) e ainda mais lojas com atividades encerradas.
“Lamentavelmente, a persistir o que temos vivido nesses últimos meses, política e economicamente, nós acreditamos que podemos chegar a 1.500 ou 1.600 concessionárias não operantes neste ano”, disse Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, em conversa com jornalistas.
De acordo com ele, com os novos fechamentos, o número de trabalhadoresdemitidos no setor deve subir para algo entre 47.000 e 50.000 até dezembro.
Na visão do executivo, o fato de as montadoras estarem comercializando veículos diretamente ao consumidor, sem intermédio das concessionárias, não tem influência no fechamento das lojas.
“Isso aí é questão política e econômica. É mercado. Não tem PIB, a economia está estagnada, negativa. A questão é unicamente essa. A venda direta é um outro patamar, outro ciclo, outra modalidade, não tem relação”, afirmou.
Hoje, funcionam no país aproximadamente 7.700 concessionárias – 420 delas foram abertas em 2015. Do total, cerca de 4.500 vendem automóveis e comerciais leves.

REDE: 1,6 MIL CONCESSIONÁRIAS DEVEM FECHAR ATÉ O FIM DE 2016
Com a persistência da crise, demissões no setor podem somar 50 mil pessoas
GIOVANNA RIATO, AB
A crise que se instalou no setor automotivo não dá sinais de que vai ceder em 2016. AFenabrave, entidade dos distribuidores, projeta nova queda nas vendas, de 5,8% para 2,42 milhões de veículos entre leves e pesados. O resultado deve agravar a contração do setor da distribuição, que segue fechandoconcessionárias e demitindo funcionários desde o ano passado. Até o fim deste ano, a entidade calcula que o número de vagas nas revendas vai sofrer corte de 47 mil a 50 mil empregos, com o fechamento de até 1,6 mil casas.
“Estes números levam em conta as 1.047 concessionárias fechadas em 2015. É o total previsto para os dois anos”, esclarece Alarico Assumpção Jr., presidente da organização. Segundo ele, o momento mais crítico deve ser o primeiro trimestre. “As empresas que tentaram se segurar no ano passado e interromperam as atividades devem fechar de vez neste período”, acredita. A partir do segundo semestre de 2016, o executivo espera que comece um discreto movimento de recuperação do mercado de veículos, contendo o fim de mais casas.
Ainda que mais de mil revendas tenham deixado de operar ao longo de 2015, a Fenabrave calcula que 420 casas entraram no mercado no ano. Dessa forma, o saldo negativo foi de 627 concessionárias. Em geral, as novas lojas são de marcas que passam por momento de forte investida no Brasil, como Jeep, Audi e BMW – empresas que inauguraram linhas de produção nacionais recentemente.
O resultado negativo de 2015 para o setor da distribuição representou encolhimento da rede de concessionárias brasileira para cerca de 7,7 mil lojas, que se espalham atualmente por 1,1 mil municípios. Dados da Fenabrave do início do ano passado apontam que a rede empregava 410 mil pessoas naquela época, mais do que o dobro do número de funcionários diretos das montadoras. Este indicador ainda não foi revisto.

VENDA DE VEÍCULOS TEM QUEDA DE QUASE 30% NO ACUMULADO ATÉ ABRIL, DIZ ANFAVEA
05/05/2016 13h34
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
As vendas de veículos novos automotores, incluindo automóveis, caminhões, comerciais leves (como vans e furgões) e ônibus, encerraram o período de janeiro a abril deste ano em baixa de 27,9%, com o total de 893,7 mil unidades comercializadas. Apenas no mês de abril, foram vendidos 162,9 mil veículos, número 9,1% menor do que o registrado em março deste ano e 25,7% inferior ao resultado de abril de 2015.
Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O novo presidente da entidade, Antonio Megale, observou que, apesar desses recuos, o ritmo de queda nas vendas diminuiu. No começo do ano, o percentual de retração era de 38,8%.
As montadoras instaladas no Brasil produziram em abril 169,8 mil veículos, número 13,6% abaixo do de março e 22,9% inferior ao registrado em abril do ano passado. No acumulado desde janeiro, houve queda de 25,8%.
De acordo com Megale, as empresas têm feito um esforço para manter os empregos, tanto que hoje têm 30% da força de trabalho em regime de flexibilização, sendo 6.044 postos em regime lay-off e 29,6 mil no Programa de Proteção ao Emprego (PPE). “É uma situação preocupante e as empresas estão demonstrando esforços para preservar os empregos”, destacou.
Em relação a abril do ano passado, as vagas encolheram 8%, tendo hoje uma base 128.441 trabalhadores. Para ampliar as ofertas, é necessário que o país volte a crescer, defendeu o presidente da Anfavea.
Caminhões
O executivo apontou que, entre os segmentos que mais apresentaram queda nas vendas, estão os caminhões, com recuo de 13,2% de março para abril e 31% no acumulado do ano. No entanto, Megale acredita em recuperação por meio das exportações e também com a restauração da confiança do setor do agronegócio após o anúncio das condições de financiamento da nova safra agrícola.
As vendas internas de máquinas agrícolas caíram 40,8% no quadrimestre. Em abril, houve redução de 32,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas, em relação a março, as vendas subiram 4,9%. Nas vendas externas, no entanto, esse segmento apresentou redução de 44,5% sobre março, de 39,7% sobre abril do ano passado e 23,3% no acumulado do ano.
O presidente da Anfavea reconheceu que tem ocorrido uma participação importante do governo no fechamento de negócios para aumentar as exportações em geral. Segundo ele, entre os acordos bilaterais que surgem como alternativa para compensar as fracas vendas internas estão os contratos feitos com o Uruguai, Peru, a Colômbia e países africanos.
Megale informou ainda que, na próxima divulgação sobre o desempenho do setor, deverá anunciar novas projeções de produção e vendas, o que não foi feito ainda por causa do momento político. “Precisamos esperar a estabilização do que vai ocorrer nas próximas semanas e ver primeiro as formulações da política macroeconômica”, disse.

PRODUÇÃO DE ÔNIBUS NO BRASIL AMARGA QUEDA ACUMULADA DE 39,2%, DIZ ANFAVEA
Crise afeta cofres públicos o que interfere nos investimentos em mobilidade e encomendas de veículos urbanos
Situação do segmento de ônibus urbanos é ainda pior, com queda de 43,4%
ADAMO BAZANI
A crise econômica persiste, o que afeta diretamente os setores que expressam o nível de investimento de diversos seguimentos do país, como a produção de ônibus e caminhões.
De acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira, 5 de maio de 2016, pela Anfavea -Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a produção de ônibus no Brasil entre janeiro e abril deste ano teve recuo de 39,2% em relação ao mesmo período de 2015, que já registrou números negativos expressivos
De acordo com o balanço, nesse período, foram produzidos em 2016, 5.924 chassis de ônibus contra 9.747 de janeiro a abril de 2015.
Como a crise econômica e fiscal atinge diretamente os cofres públicos, afetando assim os investimentos em mobilidade urbana, o setor de ônibus urbanos foi o que mais registrou queda, de acordo com a Anfavea. A produção de janeiro a abril de 2016 recuou 43,4% em relação ao mesmo período de 2015. Foram fabricados neste ano 4.338 chassis de ônibus urbanos ante 7.659 do período de janeiro a abril de 2015.
Estes números são refletidos na prática nos planejamentos de fabricantes de chassis e carrocerias de ônibus.
Nesta terça-feira, 3 de maio de 2016, em teleconferência com analistas de mercado, a Marcopolo anunciou que admite a possibilidade de estudar o fechamento de plantas de fabricação de carrocerias, sendo as plantas de ônibus urbanos no Rio de Janeiro, tanto da marca como da Neobus, as mais cotadas para um eventual fechamento. Relembre neste link: http://wp.me/p18rvS-6mv.
Outras fabricantes de ônibus também encerraram as atividades de plantas fabris por causa da crise econômica brasileira.
No dia 28 de janeiro, a Comil anunciou o encerramento da produção de ônibus urbanos na fábrica de Lorena, no interior de São Paulo. Em torno de 200 trabalhadores foram demitidos.
A empresa concentra agora toda a produção na sede em Erechim, no Rio Grande do Sul.
No dia 5 de fevereiro foi a vez da Ibrava – Indústria Brasileira de Veículos Automotores anunciar o encerramento temporário das atividades na planta de Feliz, no Rio Grande do Sul. Foram demitidos inicialmente 70 funcionários. A empresa é especializada na fabricação de micro-ônibus, a maior parte deles para linhas urbanas.
A produção de ônibus rodoviários também registra expressiva queda, porém menor que a dos ônibus urbanos. Entre janeiro e abril de 2016, foram produzidos 1.586 chassis de ônibus rodoviários contra 2.088 no mesmo período de 2015, o que representa queda de 24%.
MARCAS E LICENCIAMENTOS:
Se a produção cai, os licenciamentos acompanham situação semelhante.
De acordo com balanço da Anfavea, divulgado nesta quinta-feira 5 de maio, os licenciamentos de ônibus de janeiro a abril de 2016 tiveram queda de 46,3% em comparação ao mesmo período de 2015, somando 3.636 unidades ante 6.767 de 2015.
Confira:
1º) Mercedes-Benz – 1.844 ônibus – queda de 44,4%
2º) MAN/Volkswagen Caminhões & Ônibus – 697 ônibus – queda de 54,2%
3º) Agrale – incluindo minionibus Volare – 635 ônibus – queda de 29,3%
4º) Volvo – 224 ônibus – queda de 50,3%
5º) Iveco – 146 ônibus – queda de 70,7%
6º) Scania – 84 ônibus – alta de 40%

PLANOS DE SAÚDE PERDERAM 766 MIL USUÁRIOS EM 2015, DIZ INSTITUTO
07/03/2016 20h24
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil
Os planos de saúde médico-hospitalares perderam 766 mil usuários em 2015, de acordo com o boletim Saúde Suplementar em Números, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), divulgado hoje (7). Em 2014, eram 50,50 milhões. No ano passado, o número caiu para 49,73 milhões, o que equivale a uma diminuição de 1,5%.
Segundo o levantamento, a queda foi puxada principalmente pelos contratos coletivos empresariais, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus funcionários. Nesse segmento houve queda de 404,8 mil vínculos, uma diminuição de 1,2% em relação a 2014. Isso significa que somente os planos coletivos empresariais responderam por 52,85% de todos os usuários que deixaram de ter plano de saúde em 2015.
Os planos coletivos por adesão, que são aqueles firmados por intermédio de entidades de classe, por exemplo, registraram a saída de 128,7 mil usuários, ou seja, uma queda de 1,9% do total de vínculos em 2015, em comparação a 2014. Já o total de usuários de planos individuais ou familiares caiu 1,6%, o que representa 158,6 mil vínculos a menos que em 2014.
“A saúde suplementar, da mesma forma que toda a economia brasileira, passa por um momento difícil por conta da crise econômica”, diz o superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, em nota à imprensa. De acordo com ele, a queda no número de usuários acompanha uma alta dos custos no setor. Até junho de 2015, a Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) apurada pelo IESS teve alta de 17,1% em 12 meses.
O boletim mostra ainda que os planos de saúde exclusivamente odontológicos foram os únicos que não apresentaram queda no total de beneficiários. Na comparação entre 2014 e 2015, o segmento cresceu 3,8%, registrando a adesão de 795,1 mil vínculos.

EM QUEDA LIVRE, TV POR ASSINATURA PERDE 500 MIL USUÁRIOS EM APENAS QUATRO MESES
Por Redação | em 21.01.2016 às 11h09
O agravamento da crise econômica no país continuam impactando a TV tradicional. Prova disso é que o mercado de TV por assinatura perdeu meio milhão de usuários em apenas quatro meses, numa das maiores crises já enfrentadas pelo setor nos quase 25 anos de operação no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de julho a novembro de 2015 as operadoras totalizaram pouco mais de 19 milhões de assinantes, uma queda de 2,5% em relação ao número de clientes que tinham até o sexto mês do ano passado. O pico aconteceu em novembro, quando as prestadoras perderam mais de 232 mil assinantes em 30 dias. Todas as operadoras registraram queda no período. Pela primeira vez, NET e Claro fecharam um mês com menos de 10 milhões de assinantes (9.989.447, ou 97.817 a menos do que em outubro), embora elas tenham ganhado participação no mercado de TV a cabo em novembro (foram de 52%, em outubro, para 52,12%). A Sky, segunda maior operadora do país, registrou redução de 67 mil em sua base e fechou o mês com 5,4 milhões de pagantes. No final de julho do ano passado, a ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) previa fechar 2015 com “crescimento zero”. De fato, a oscilação na base de assinantes durante o primeiro semestre foi pequena. O setor perdeu assinantes em alguns meses e ganhou em outros, mas no geral as quedas foram sucessivas mês a mês. Esta não é a primeira vez que a indústria brasileira de TV por assinatura sofre uma perda acima de 500 mil consumidores. Em 2003, por exemplo, o mercado perdeu 300 mil usuários. No entanto, a base de assinantes naquela época era inferior a 4 milhões de domicílios, e como o setor é muito mais sólido atualmente, os efeitos dessa redução no número de assinantes são maiores porque mais pessoas possuem esse tipo de serviço em suas casas.

ESTADOS E MUNICÍPIOS: ENDIVIDADOS E COM RECEITA EM QUEDA
Por qualquer parâmetro que se use, a situação financeira geral dos estados e dos municípios brasileiros é grave. Ainda que exista uma variação considerável nas finanças das prefeituras e dos governos estaduais, o cenário global é de receitas em queda (por causa da redução da atividade econômica) e de orçamentos fortemente comprometidos com folhas de pessoal e pagamentos de encargos financeiros, entre eles, a dívida com a própria União.
Os limites percentuais da relação entre a dívida e a receita dos estados (e do Distrito Federal) e dos municípios foram fixados por uma resolução do Senado (40/2001), respectivamente em 2% e 1,2%. Com juros, encargos, amortização e refinanciamento da dívida, os estados gastaram R$ 45,5 bilhões no ano passado, para uma dívida consolidada de R$ 55,8 bilhões. Já as prefeituras desembolsaram R$ 11,6 bilhões para um débito total de R$ 569,7 bilhões.
Reivindicação antiga de estados e municípios — as dívidas chegavam a crescer 20% ao ano —, o novo indexador da dívida com a União, aprovado pelo Congresso em junho, prevê que a correção será feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% ou pela taxa básica de juros (Selic) — o que for menor. Hoje, o reajuste ocorre pelo Índice Geral de Preços — Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais 6% a 9% ao ano.
Definida em lei em novembro de 2014, a mudança deve trazer redução de R$ 59 bilhões nesse débito e terá impacto anual de R$ 3 bilhões sobre o Tesouro, admite o governo federal, que recebeu em 2014, de acordo com o Balanço do Setor Público Nacional, R$ 54 bilhões de pagamentos pela dívida.
“São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Alagoas e o município de São Paulo concentram 93% desse montante que deixará de entrar nos cofres federais e certamente pressionará as metas fiscais da União, que terá de aumentar, ainda mais, os cortes para garantir a economia necessária para cobrir essa parcela da dívida dos entes subnacionais”, avaliou a presidente da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas (ANTC), Lucieni Pereira da Silva.
Em termos de despesas de pessoal, 17 dos 26 estados fecharam o ano de 2014 dentro da chamada zona de risco da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 2000, que criou três limites em termos percentuais da receita corrente líquida (RCL): alerta, prudencial e máximo. As situações mais graves (acima de 49%) estão no Piauí, Alagoas, Paraíba e Sergipe. Para Lucieni, um fator de caráter nacional tem contribuído para esse cenário de dificuldades.
“As desonerações federais têm impactado nessas contas. De 2008 a 2013, elas significaram R$ 229 bilhões a menos para os estados. Não quero satanizar esse instrumento, que, num momento de crise econômica, é importante para impedir o desemprego e a desaceleração da economia. Mas ele precisa ser usado com um mínimo de planejamento para que todos possam se ajustar ao novo cenário.”

18/03/2016 10h33 – Atualizado em 18/03/2016 11h46
ARRECADAÇÃO CAI 11,5%, PARA R$ 87,8 BILHÕES, E TEM PIOR FEVEREIRO EM 6 ANOS
Informações foram divulgadas nesta sexta-feira (18) pela Receita Federal.
Queda na arrecadação é reflexo da recessão na economia brasileira.
Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
A arrecadação de impostos e contribuições federais do governo somou R$ 87,8 bilhões em fevereiro, o que representa uma forte queda real de 11,5% frente ao mesmo mês do ano passado, informou a Secretaria da Receita Federal nesta sexta-feira (18).
A arrecadação de fevereiro foi a pior para o mês desde 2010, ou seja, em seis anos. Em fevereiro do ano passado, as receitas somaram R$ 99,3 bilhões e, em fevereiro de 2014, R$ 98,82 bilhões. Os números foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Os números do Fisco mostram que a arrecadação continua com performance ruim em meio à recessão que se abate sobre a economia brasileira.
No ano passado, o PIB recuou 3,8% – a maior queda em 25 anos. Com menos atividade, emprego e renda, as pessoas compram menos produtos e contratam menos serviços e, com isso, também há um recolhimento menor de tributos.
“É uma queda significativa [da arrecadação]. Há um forte reflexo da desaceleração da atividade econômica. É uma queda muito expressiva no setor industrial e as vendas de bens e serviços vêm em uma trajetória negativa. A massa salarial está em trajetória decrescente, com queda muito significativa em termos reais [após o abatimento da inflação]”, avaliou Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal.
No acumulado do primeiro bimestre de 2016, a arrecadação totalizou R$ 217,23 bilhões – com queda real de 8,71% frente ao mesmo período do ano passado. Este também foi o pior resultado para o período desde 2010, informou a Receita Federal.
Desempenho
A Receita Federal explicou que a arrecadação sofreu os efeitos, no mês passado, de uma arrecadação extra de R$ 4,64 bilhões registrada em fevereiro de 2015. Como este valor não se repetiu no mesmo mês deste ano, isso impactou para baixo a arrecadação.
Por outro lado, a arrecadação do mês passado já contou com aumento de tributos feitos pelo governo federal, como a elevação das alíquotas previdenciárias no processo de recomposição de tributos sobre a folha de pagamentos – que começou a vigorar neste ano – além do aumento das alíquotas do PIS e da Cofins incidentes sobre gasolina e diesel realizadas no ano passado, com reflexo na arrecadação de março de 2015 em diante.
Apesar de o governo ter elevado tributos sobre a folha de pagamento, o aumento das demissões impactou para baixo o recolhimento do imposto previdencário, que recuou R$ 1,75 bilhão em fevereiro deste ano e R$ 4 bilhões no primeiro bimestre.
Além disso, também houve impacto da queda das importações – que se ressentem da atividade econômica fraca e da alta do dólar, o que impactou para baixo o recolhimento do imposto de importação. Nos dois primeiros deste ano, a arrecadação deste tributo caiu R$ 2 bilhões, informou a Receita Federal.
Desonerações com impacto menor
O governo também informou que o resultado da arrecadação sofreu efeito positivo com as reduções de desonerações de tributos feitas nos últimos anos – como aquela incidente sobre a folha de pagamentos.
De acordo com a Receita Federal, com as reduções de tributos realizadas nos últimos o governo deixou de arrecadar R$ 7,09 bilhões em fevereiro de 2016, contra R$ 9,7 bilhões no mês do ano passado. No primeiro bimestre deste ano, o impacto das desonerações também foi menor (R$ 19,74 bilhões), contra R$ 14,18 bilhões no mesmo período de 2015.
No último ano, o governo começou a aumentar impostos como parte do ajuste fiscal para tentar reequilibrar as contas públicas. No ano passado, o governo já subiu tributos sobre empréstimos, carros, cosméticos, cerveja, vinhos, destilados, refrigerantes, bancos, receitas financeiras das empresas, taxas de fiscalização de serviços públicos, gasolina, importações e exportações de manufaturados, entre outros.
Neste ano, o governo federal continuou elevando tributos. Já aumentou o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de bebidas e eletrônicos e acabou com a isenção do Imposto de Renda em remessas ao exterior de até R$ 20 mil. Mais recentemente, anunciou o aumento dos tributos sobre chocolates, sorvetes, fumo picado e cigarros.
Arrecadação por tributos
A Receita Federal informou que o Imposto de Renda arrecadou R$ 63,82 bilhões no acumulado deste ano, com queda real de 7,28% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 68,83 bilhões). Os números foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial.
No caso do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a arrecadação somou R$ 28,46 bilhões na parcial mês deste ano, com queda real de 15,52%.
Sobre o IR das pessoas físicas, o valor arrecadado totalizou R$ 2,89 bilhões no acumulado de 2016, com alta real de 14,26%. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) arrecadou R$ 32,46 bilhões no acumulado deste ano, com queda real de 0,44%.
Com relação ao Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), os números do Fisco mostram que o valor arrecadado somou R$ 7,37 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, com queda real de 25,52%.
No caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), houve uma queda real de 1,61%, para R$ 5,8 bilhões nos primeiro bimestre de 2016.
A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por sua vez, arrecadou R$ 35,29 bilhões na parcial de 2016, com queda real de 6,6%, enquanto a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) registrou arrecadação de R$ 16,43 bilhões no primeiro bimestre, com recuo real de 9,34%.
Meta fiscal
O fraco desempenho da arrecadação no começo deste ano dificulta o cumprimento da meta fiscal – fixada em um superávit primário (economia que o governo tem que fazer para pagar os juros da dívida) de 0,5% do PIB, o equivalente a R$ 30,5 bilhões para todo o setor público (governo, estados, municípios e estatais). A parte somente do governo é de R$ 24 bilhões, ou 0,4% do PIB, enquanto R$ 6,5 bilhões são a meta de estados e municípios (0,1% do PIB).
Segundo analistas do mercado financeiro, o governo não atingirá a meta fiscal de 2016. O próprio ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, já anunciou que enviará ao Congresso Nacional uma proposta de baixar a meta de superávit em 2016, para um rombo de até R$ 60,2 bilhões nas contas do governo. Será a terceira vez que o governo tenta reduzir a meta fiscal de 2016.
Se confirmado um novo rombo nas contas públicas em 2016, será o terceiro ano seguido com as contas no vermelho. Em 2014, houve um déficit de R$ 32,5 bilhões e, em 2015, um rombo recorde de R$ 111 bilhões. Nestes dois anos, o Executivo teve de mandar uma revisão formal das metas aos congressistas para não sofrer sanções. No ano passado, chegou a ficar sem poder empenhar novos gastos por alguns dias e somente pôde fazê-lo depois da aprovação da nova meta pelo Congresso Nacional.
A consequência de as contas públicas registraram déficits fiscais seguidos é a piora da dívida pública e mais pressões inflacionárias. Por conta do fraco desempenho de sua economia, das dificuldades para aprovar medidas necessárias no Congresso Nacional e da piora do endividamento, o Brasil já perdeu o chamado “grau de investimento” – uma recomendação para investir no país – pelas três maiores agências de classificação de risco (Standard & Poors, Fitch e Moody´s).

SETOR DE BARES E RESTAURANTES JÁ AMARGA QUEDA NO FATURAMENTO DE QUASE 40%
19 DE ABRIL DE 2016
Para presidente da Associação que representa o setor no RN, momento é de pensar apenas em sobreviver à crise
A crise financeira instalada no país em afetado praticamente todos os setores da economia e com os bares e restaurantes não está sendo diferente. A Associação que representa os empresários do ramo no Rio Grande do Norte, Abrasel, informou, nesta terça-feira (19) ao Agora RN, que a queda no faturamento de quase 40% e quedas nos lucros ainda maiores.
O presidente da Abrael, Max Fonseca, revelou que o último balanço da Associação mostrou que a queda no faturamento de todos os bares e restaurantes está entre 30% e 40%. “Até poucos dias atrás, se falava em queda de 20%, mas no nosso último encontro nacional ficou comprovado que a queda já está de 30% a 40% no faturamento. Isso só no faturamento, porque nos lucros a queda é ainda maior”, revelou.
Questionado sobre qual a estratégia que o setor está utilizando para superar o momento, Max foi direto: “a estratégia agora é sobreviver ao período”. De acordo com ele, as dificuldades são tantas, que o setor aguarda a crise passar para poder pensar em crescimento. Ele lembrou que ramo da bares e restaurantes vinha registrando um crescimento médio de 3% ao ano, mas que somente no ano passado foi registrada uma queda de 20%, ou seja, um retrocesso de sete anos.

QUEDA DE 10% EM VENDAS FAZ RESTAURANTES DE SP CORTAREM PICANHA E DAREM COPO
Larissa Coldibeli
Do UOL, em São Paulo
09/06/201506h00
Uma queda média de 10% no faturamento dos bares e restaurantes, de janeiro a maio deste ano, segundo pesquisa da Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – São Paulo) com 2.000 associados, tem feito os donos dos estabelecimentos buscarem alternativas para reduzir gastos e atrair clientes, como cortar pratos que levam picanha do menu e oferecer brindes.
Segundo o presidente da associação, Percival Maricato, a queda no faturamento se deve à redução do valor médio gasto pelos clientes nos estabelecimentos e à diminuição no número de clientes.
“Em época de crise, as pessoas cortam gastos supérfluos porque não podem cortar despesas com aluguel e escola dos filhos, por exemplo. Por isso, esse é um dos primeiros setores a serem atingidos. Essa queda no faturamento deve se manter no segundo semestre, e a recomendação aos empresários é que enxuguem custos e evitem desperdício”, diz.
O período de baixa ainda coincide com a crise de água, que obrigou muitos empresários ouvidos pelo UOL a realizar investimentos em novas caixas d’água, cisternas ou aquisição de itens descartáveis.
Alguns donos de estabelecimentos, que ainda pagam por esses custos extras, dizem que estão adiando novas obras, enxugando o cardápio ou oferecendo novos pratos com os mesmos ingredientes, fazendo parcerias com fornecedores para oferecer promoções, entre outras ações, para driblar o mau momento para os negócios.

ESTADÃO: RECUPERAÇÕES JUDICIAIS CRESCEM 83% NO SETOR DE CONSTRUÇÃO
Nos últimos meses, para suportar a falta de trabalho, a companhia decidiu cortar 90% do quadro de funcionários, diminuir a conta de telefone e mudar de prédio para reduzir custos
Entre janeiro e abril deste ano, 339 empresas da construção civil entraram em recuperação judicial e 218 faliram, segundo dados do Instituto Nacional de Recuperação Empresarial (INRE). Para se ter ideia da deterioração da situação financeira das empresas, em 2015, no mesmo período, foram registradas 185 recuperações e 88 falências.
A paradeira pela qual o Brasil está passando, com a enorme escassez de obras públicas, é um dos motivos que levaram as construtoras à bancarrota. Mas há um outro elemento que também sacrifica o caixa e deixa as companhias sem reação: os atrasos nos pagamentos do poder público.
Segundo o presidente da Associação Paulista dos Empresários de Obras Públicas (Apeop), Luciano Amadio, só no Estado de São Paulo o atraso nos pagamentos já chegou a 80 dias. O resultado é o prolongamento dos cronogramas das obras por meses. Foi o que ocorreu com um projeto da construtora CVS. Previsto para entrar em operação em junho deste ano, o calendário foi estendido para dezembro, por atraso no pagamento.
O diretor da companhia, Cesar Scatena, conta que a combinação entre falta de novas obras e atraso nos pagamentos das obras em andamento comprometem muito a capacidade das empresas. Nos últimos meses, para suportar a falta de trabalho, a companhia decidiu cortar 90% do quadro de funcionários, diminuir a conta de telefone e mudar de prédio para reduzir custos.
“Antes, ocupávamos quatro salas em um prédio. Reduzimos para duas e agora vamos para um imóvel próprio, um pouco menor.” Ele conta que a empresa tem apenas um contrato em carteira. “Estamos em busca de novos negócios para driblar a crise”, diz Scatena, destacando que até 2013 o portfólio da construtora era 100% público.
O Grupo Jardiplan vive os mesmos dilemas para se manter de pé. Sem novos projetos, os custos da empresa têm sido bancados apenas por uma atividade do grupo, que é a conservação de rodovias. Boa parte dessas obras é contratada por concessionárias de estradas que têm de cumprir cronogramas de investimentos previstos em contrato. Só em São Paulo, as empresas que administram as rodovias gastam R$ 23 milhões com pinturas de sinalização, instalação de defensas e conservação em geral. “Temos contrato até o ano que vem. Do meio de 2017 pra frente não sei como será se esse mercado não virar”, afirma o presidente da Jardiplan, Manoel Carlos Ferrari.

sexta-feira, 29 de abril de 2016
O FINANCISTA: VENDAS DE IMÓVEIS CAEM 13,2% NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Apesar de expressivo, o tombo de dois dígitos nas vendas já era esperado pelos analistas de mercado. “O cenário macroeconômico continua desafiador neste e no próximo ano” […] “Dificilmente, veremos uma melhoria operacional nos próximos meses”
Sete das maiores incorporadoras do país já divulgaram suas prévias operacionais referentes ao primeiro trimestre. O quadro que revelam confirma que o mercado imobiliário está longe de reverter a crise em que se encontra desde o ano passado. No total, os lançamentos aumentaram 15,6% sobre o mesmo período do ano passado. As vendas contratadas, porém, caíram 13,2%.
Apesar de expressivo, o tombo de dois dígitos nas vendas já era esperado pelos analistas de mercado. “O cenário macroeconômico continua desafiador neste e no próximo ano”, afirma o estrategista-chefe da Guide Investimentos, Luiz Gustavo Pereira, para quem uma queda ao redor de 15% está dentro do esperado. “Dificilmente, veremos uma melhoria operacional nos próximos meses”, acrescenta.
Até o momento, as incorporadoras que divulgaram suas prévias são Eztec, Helbor, Cyrela, MRV, Gafisa, Even e Direcional. O acréscimo no volume de lançamentos foi influenciado sobretudo por duas empresas: a Even, que não havia lançado nenhum empreendimento nos primeiros três meses de 2015 e iniciou o ano com R$ 101 milhões; e a Direcional, que lançou também R$ 101 milhões, ante R$ 20 milhões no período comparado.
Foco na desova dos estoques
A maioria das incorporadoras, porém, preferiu segurar os lançamentos e priorizar a venda dos imóveis em estoque. “Desovar as unidades prontas é a estratégia mais acertada”, afirma Pereira, da Guide. Por um lado, isso garante a entrada de dinheiro no caixa das companhias. De outro, reduz custos com a manutenção dos imóveis vazios – como o pagamento de condomínios e impostos.
O risco, segundo o estrategista da Guide, é que a redução dos lançamentos atrapalhe as incorporadoras, no momento em que o cenário econômico começar a melhorar e os compradores voltarem. Como a maturação de um empreendimento imobiliário demora, em média, dois ou três anos, as empresas precisarão se equilibrar entre vender o que já têm, e não deixar descoberta uma eventual retomada.

VIAGENS INTERNACIONAIS NO 1º TRIMESTRE TÊM RECUO DE 69%, MOSTRA BANCO CENTRAL
No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil deixou um saldo negativo de US$ 694 milhões
Por: Agência Estado
Publicado em: 20/04/2016 12:36 Atualizado em:
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel afirmou nesta quarta-feira, 20, que o segmento de serviços tem contribuído de forma significativa para a redução do déficit em transações correntes, com destaque para viagens internacionais, que têm mostrado recuo expressivo neste ano. Maciel observou que no trimestre, viagens internacionais mostram recuo de 69% frente a igual período do ano passado. Essa queda, segundo ele, se explica principalmente pelo dólar mais forte frente o real. Pelos dados do BC, observou Maciel, os gastos de brasileiros no exterior estão cerca de 40% a 50% menores este ano frente a períodos anteriores.
No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil deixou um saldo negativo de US$ 694 milhões. O resultado é menor do que o saldo negativo de US$ 955 milhões visto em igual mês do ano passado. No entanto, é maior do que o déficit de US$ 242 milhões registrado em fevereiro.
Esse aumento de gastos na margem, explicou Maciel, teve influência das regras de tributação para agências de viagem, o que deixou os gastos represados. No início do ano, a alíquota para remessas por essas empresas havia subido para 20%; depois de pressão do setor de turismo, o governo cedeu e reduziu para o mesmo valor do cartão de crédito quando usado em compras no exterior, 6,38%. “Com essa mudança de alíquotas valores ficaram represados”, explicou.
“É importante lembrar que esse é um item sensível a taxa de câmbio. Mas movimentos de valorização do câmbio tendem a favorecer essas despesas”, observou. A parcial de viagens mostra despesas líquidas de US$ 375 milhões, valor formado por receitas de US$ 260 milhões e despesas de US$ 635 milhões. Maciel relatou ainda que a conta de serviço com transportes mostra déficit de US$ 764 milhões contra US$ 1,802 bilhão em igual período do ano passado – uma queda em torno de US$ 1 bilhão. “Isso reflete a retração da corrente de comércio, mas também queda na compra de passagens aéreas por brasileiros. Quando esse fluxo diminui, afeta o item de transportes”, justificou.

ALTA NO NÚMERO DE DISTRATOS PÕE EM RISCO SETOR IMOBILIÁRIO, ALERTA ACIGABC
15/04/2016 6:40
De cada 100 imóveis vendidos na planta em 2015, 41 foram devolvidos às construtoras e incorporadoras, segundo levantamento da agência Fitch. Em boa parte dos casos, as devoluções desencadeiam ações na Justiça.
O número de dissoluções do negócio por parte do comprador – o chamado distrato – cresceu em meio à crise, devido ao aumento do de¬sem¬prego e dos juros. A dificuldade de aprovação do crédito pelos bancos e a valorização do imóvel aquém do esperado pelo consumidor também têm estimulado a devolução dos imóveis.
O aumento no número de distratos e a falta de legislação específica para a devolução de imóveis na planta às construtoras motivou debate realizado ontem (14) na Associação de Construtores, Imobiliárias e Administradoras do ABC (ACIGABC).
A entidade argumenta que a quebra do acordo de compra gera grande passivo para as empresas, compromete seus resultados e coloca em risco toda a cadeia imobiliária.
“A posição da ACIGABC é que os contratos sejam respeitados, pois quando uma construtora oferta uma unidade no mercado, não vende a opção de compra, mas algo que demandará uma série de esforços para ser concretizado”, disse o presidente da entidade, Marcus Santaguita.

quinta-feira, 28 de abril de 2016
PORTAL CBN: NÚMERO DE IMÓVEIS PARA ALUGUEL DISPARA E DERRUBA PREÇOS
“O mercado parou para a venda e acabou entrando para a locação. […]” De acordo com especialistas, este cenário de desaquecimento do mercado de imóveis tende a se manter enquanto as incertezas políticas e econômicas persistirem. Com os preços em baixa, a melhor opção para os proprietários é colocar o imóvel para alugar. E para os inquilinos, com o aumento de oferta, é hora de pesquisar e negociar para garantir um bom desconto
Depois de anos de aluguéis em alta, os inquilinos do Rio estão com mais poder de negociação. O motivo é a crise econômica, que derrubou os preços dos imóveis e aumentou a oferta para locação. De janeiro de 2012 a março deste ano, o número de apartamentos e casas para alugar na cidade subiu 213%. No mesmo período, o preço dos aluguéis avançou 9,13% no Rio, bem abaixo da inflação medida pelo IPCA, que acumulou 32%. E mesmo assim, há imóveis vazios: são 6.449, segundo o Sindicato da Habitação do Rio. Há três anos, eram apenas 2.181 disponíveis. A funcionária pública Iruaci Carvalho é dona de um apartamento em São Cristóvão, que está vazio há um ano. As ofertas que ela recebe para locação são bem abaixo do valor pretendido:
“Acontece que a maioria das pessoas estão inadimplentes. Tem esse detalhe muito importante e eu já disse “não vou alugar meu apartamento para quem está inadimplente”. Então não adiantou abaixar o aluguel, a situação ficou a mesma coisa. Está lá o apartamento. Já recebi propostas bem menores, mas não vale a pena porque você vai alugar um apartamento que vale 1300 reais por 500 reais? Eu prefiro ficar com ele vazio”.
Mas deixar o imóvel vazio tem o seu custo com contas e taxas de condomínio. Para evitar essa despesa, o aposentado Marcos Mendes resolveu baixar o valor do aluguel dos dois apartamentos que ele têm em Guadalupe. Para fechar negócio, o desconto para os inquilinos chegou a 15%.
“Eu acho que o melhor investimento é o imóvel. Ainda hoje, apesar da violência que estamos no Rio de Janeiro, ainda acho que é o melhor investimento. Devido ao mercado eu tive que demorar um pouquinho. Tive que reduzir um pouco o preço e alugar. E aí eu fiz muita propaganda e consegui alugar”.
Mercado frio e parado
De acordo com o vice-presidente do Secovi-Rio, o mercado de vendas vem esfriando desde 2014 e, com isso, o aluguel é uma opção para tentar reaver o dinheiro aplicado. Leonardo Schneider diz que a negociação na hora da compra até pode existir, mas sem abrir mão da burocracia na hora de firmar a transação.
“O mercado parou para a venda e acabou entrando para a locação. O que está acontecendo hoje é que o proprietário talvez esteja mais consciente que ele precisa se flexibilizar para poder alugar aquele imóvel. Mas na documentação a gente nunca recomenda que tenha essa flexibilização. É importante que se tenha um fiador, ou seguro fiança e título de capitalização. É mais, por exemplo, em relação a preço, oferecer algo mais no imóvel, ou alguma coisa que possa se destacar da concorrência”.
A produtora cultural Lisiane Mayão aproveitou que a vantagem está com o inquilino para renegociar o seu contrato de aluguel no início do ano. Moradora do bairro de Fátima, ela conseguiu um desconto na renovação de um apartamento de dois quartos.
“Como a gente sabia que o contrato iria acabar, e a gente não sabia se ela iria renovar, a gente deu uma pesquisada em outros lugares. E aí a gente começou a ver e teve essa noção de que as coisas estavam caindo. A gente até chegou a fazer uma obra aqui e não foi descontado e a gente sempre pagou em dia, então eu acho que isso fez a diferença”.
De acordo com especialistas, este cenário de desaquecimento do mercado de imóveis tende a se manter enquanto as incertezas políticas e econômicas persistirem. Com os preços em baixa, a melhor opção para os proprietários é colocar o imóvel para alugar. E para os inquilinos, com o aumento de oferta, é hora de pesquisar e negociar para garantir um bom desconto.

VENDAS DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS RECUAM 40% EM 2016
Da redação
08 de maio de 2016 » 16h09
De janeiro a abril deste ano, as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias alcançaram 9,5 mil unidades, queda de 40,8% em relação as 16,1 mil comercializadas em igual período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Em março, as vendas de máquinas agrícolas cresceram 4,9%, com 2,9 mil unidades, ante 2,8 mil. Se comparado com os números de março/15, a retração chega a 32,2%.
De março para abril deste ano, a produção cresceu 36,9%, passando de 2,8 mil unidades para 3,8 mil. Entretanto, no acumulado de 2016, a queda chega a 32,1%, com 11,2 mil unidades produzidas nesta temporada, ante 21 mil fabricadas no ano passado.
No campo das exportações, as vendas de máquinas agrícolas para o exterior em abril tiveram recuo de 3% no faturamento (US$ 143 mil), na comparação com o mesmo mês em 2015 (US$ 148.143). No mesmo período, o total de unidades comercializadas decresceu 39,7% (de 941 unidades para 567).

PRODUÇÃO INDUSTRIAL RECUA 11,4% EM MARÇO E COMPLETA 25 MESES DE QUEDA
Brasil aprofunda recessão em 2015
LUCAS VETTORAZZO
DO RIO
03/05/2016 09h24 – Atualizado às 11h05
A produção industrial brasileira teve uma queda de 11,4% em março em relação ao mesmo mês do ano passado, divulgou nesta terça-feira (3) o IBGE.
O resultado completa o 25º mês consecutivo de queda na produção brasileira, superando a marca de dois anos de recuo ininterrupto.
O centro das expectativas da agência internacional Bloomberg apontava para recuo de 10,8%.
A queda da produção havia sido de 9,8% em fevereiro, na comparação anual. Em janeiro, havia sido ainda maior, de 13,7%, também na comparação com o mesmo período de 2015.
A sequência negativa tão longa nunca foi vista pela atual série histórica da pesquisa do IBGE, apurada desde o início de 2003.
Nos três primeiros meses deste ano, a queda da produção foi de 11,7%, na comparação anual.

CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS DIMINUI 4,2% EM MARÇO E ACUMULA QUEDA DE 5% NO ANO
Após recuar 1,9% no ano passado, as vendas de combustíveis continuam em queda em 2016, em meio ao cenário de deterioração da economia brasileira. O consumo no mercado nacional totalizou 11,5 bilhões de litros em março, o que representa queda de 4,2% na comparação com igual mês de 2015 e já acumula uma retração de 5% no ano, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A gasolina C (misturada ao etanol anidro) é o único destaque positivo do ano, com alta de 9,53% no mês passado e de 1,4% no primeiro trimestre. O consumo do combustível totalizou 3,72 bilhões de litros em março, o maior patamar para o mês desde o início da série histórica do órgão regulador, em 2000.
O derivado está substituindo parte do declínio das vendas de etanol, que passa pelo período de entressafra e cujos preços na bomba têm se mostrado menos favoráveis este ano, na paridade com a gasolina, frente ao início do ano passado.
Os números da ANP, contudo, mostram que o consumo maior da gasolina não tem sido suficiente para sustentar o crescimento do mercado chamado Ciclo Otto (veículos leves que consomem gasolina e/ou etanol), atrelado ao comportamento da renda das famílias.
Quando somada a comercialização total de gasolina e etanol hidratado, considerando a equivalência energética dos produtos, houve um crescimento de 2,3% em março. A alta, contudo, ainda não foi suficiente para compensar as perdas de janeiro e o consumo dos veículos Ciclo Otto acumula queda de 1,5% no ano, impactada pelo declínio das vendas de etanol.
O consumo do biocombustível caiu 21,9% em março, para 1,13 bilhão de litros, e acumulou retração de 12,3% no primeiro trimestre de 2016.
Já as vendas de óleo diesel, mais atreladas ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), caíram 5,3% em março, para 4,74 bilhões de litros. No acumulado do ano, a queda é de 6,1%.
Dentre os oito combustíveis pesquisados pelo órgão regulador, a gasolina é o único produto a acumular alta no ano. Todos os sete demais combustíveis registram retração em 2016: óleo combustível (-31,2%), gasolina de aviação (-16%), querosene iluminante (-13,3%) etanol (-12,3%), diesel (-6,1%), querosene de aviação (-4,4%) e gás liquefeito do petróleo (-0,6%).

29/04/2016 18h35 – Atualizado em 29/04/2016 18h35
CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA EM SP CAI 6% NO 1º TRIMESTRE
Foram consumidos 31.963 GWh nos três primeiros meses de 2016.
Setor industrial teve o maior recuo, com baixa de 8,9%.
Do G1, em São Paulo
O consumo de energia elétrica no estado de São Paulo caiu 6% nos três primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Secretaria de Energia e Mineração do estado. Foram consumidos 31.963 GWh em 2016, contra 33.991 GWh no mesmo período de 2015.
Todos os setores tiveram redução. O industrial teve a maior queda, com baixa de 8,9%, seguido do residencial com 4,8%, do comercial com 4,5% e os demais setores, que juntos tiveram uma redução de 2,7%.
As maiores quedas de consumo foram verificadas no mês de janeiro no setor residencial com 11,4% de recuo e de 10,4% no setor industrial no mesmo mês. O setor industrial ainda apresentou queda de 9,6% em fevereiro e de 6,3% no mês de março de 2016.
O comércio, que também apresentou apenas queda de consumo no período, teve uma redução de 5,3% em fevereiro, 4,4% em janeiro e 3,7% em março. As residências no Estado aumentaram o consumo apenas no mês de março em 2,8%, após retrações de 11,4% em janeiro e de 4,5% em fevereiro.
Os demais setores da sociedade paulista, que inclui a área rural, iluminação pública, serviços públicos e consumo próprio na geração, apresentaram um recuo de 2,7% no consumo do período, com queda de 4,3% em janeiro e 5,5% em fevereiro. Em março aumentou o consumo em 1,9% com relação ao mesmo período do ano anterior.
No primeiro trimestre, o setor residencial consumiu 9.756 GWh, o industrial 11.215GWh, o comércio 7.462 GWh e o demais setores 3.529 GWh.

CONSUMO DE GÁS NATURAL CAI 17,95% EM FEVEREIRO, DIZ ABEGÁS
O volume de gás natural destinado ao segmento industrial recuou 14,29% na comparação com fevereiro do ano passado
O consumo de gás natural no País totalizou 67,13 milhões de metros cúbicos diários em fevereiro o que corresponde a uma redução de 17,95% em relação ao volume anotado no mesmo período do ano passado. Na comparação com janeiro também houve queda, de 1,29%. Os dados fazem parte de levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), que reúne números de concessionárias em 20 Estados.
Conforme a entidade, a queda é resultado da redução da atividade econômica, que se reflete no menor consumo das indústrias. “A retração no consumo total – principalmente na comparação com os dados de 2015 – é um dos indicadores da redução da atividade industrial e da desaceleração econômica no País”, declarou o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, por meio de nota.
O volume de gás natural destinado ao segmento industrial recuou 14,29% na comparação com fevereiro do ano passado. Mas além do menor consumo de gás pelas indústrias, a Abegás salienta o impacto da retração da atividade produtiva na demanda por energia elétrica, que contribuiu para a redução do despachos térmicos, ocasionando uma diminuição de 30,13% no consumo de gás para a geração de eletricidade no mês passado.
Na comparação com janeiro, a queda no uso do gás para energia elétrica foi de 9,41%, tendo em vista o desligamento das térmicas, também propiciado pela melhora da situação dos reservatórios das hidrelétricas do País. Já o consumo industrial avançou 2,69%.
Dentre os demais segmentos, os dados da Abegás apontam um crescimento do consumo de gás natural em fevereiro, frente igual mês do ano passado, nas residências (+30,20%), no comércio (+9 99%) e na cogeração (+7,87%). Já o setor automotivo apresentou consumo estável (+0,16%).

QUEDA DAS VENDAS DO VAREJO É A MAIOR EM 15 ANOS
A queda de 4,3% no volume de vendas do comércio varejista em 2015 foi a maior desde o início da série histórica, em 2001, da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa também foi a primeira vez que um ano fechou em queda, desde 2003.
“O comércio varejista reflete o consumo das famílias. Todos os fatores que inibem o consumo das famílias têm um impacto direto no volume de vendas. É uma combinação de enfraquecimento do mercado de trabalho, com a redução da renda real, a confiança do consumidor, a pressão inflacionária, que vem evoluindo principalmente no grupamento de alimentos e combustíveis e a elevação da taxa de juros, que inibe a compra de bens duráveis”, disse a pesquisadora do IBGE, Isabella Nunes.
Os principais impactos para a queda de 4,3% vieram dos segmentos de móveis e eletrodomésticos (-14%), supermercados, alimentos, bebidas e fumo (-2,5%), tecidos, vestuários e calçados (-8,7%) e combustíveis e lubrificantes (-6,2%).
Entre os oito segmentos pesquisados, apenas um teve crescimento no volume de vendas: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3%). Considerando-se também os dois segmentos que misturam atacado e varejo (e compõem o chamado varejo ampliado), a maior queda veio dos veículos, motos, partes e peças: 17,8%. Os materiais de construção tiveram recuo de 8,4%.

PRODUÇÃO DE CERVEJA NO BRASIL CAI 18% EM MARÇO E 7% NO TRIMESTRE
Desempenho foi o mais fraco para o mês desde pelo menos 2011.
Perspectivas de crescimento do setor continuam desafiadoras.
Do G1, com Reuters
A produção de cerveja no Brasil caiu cerca de 20% em março sobre o mesmo período do ano passado, ficando também abaixo do volume produzido em fevereiro e registrando o desempenho mais fraco para o mês desde pelo menos 2011, segundo dados disponibilizados pela Receita Federal.
A indústria, que é liderada pela Ambev, produziu em março 9,170 milhões de hectolitros, uma queda de 18% sobre um ano antes e de 19% sobre fevereiro. Com isso, o setor acumulou no trimestre queda de 6,7% na produção, a 33,4 milhões de hectolitros, destaca a Reuters.
Paulo de Tarso Petroni, diretor-executivo da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), lembra que em fevereiro, a produção já tinha registrado queda de 3% na comparação com janeiro e de 2,7% em relação a fevereiro de 2015.
“A situação deteriora-se ainda mais. As dificuldades econômicas permanecem. A redução da renda disponível do consumidor se acelera. O cenário permanece com elevado nível de incertezas e baixa confiança dos consumidores”, afirma.
Segundo o executivo, os custos das empresas tem sido pressionados por fatores com inflação, câmbio e aumentos tributários em vários estados brasileiros. “As eventuais decisões das empresas de repasse aos preços finais impactam fortemente os volumes comercializados, como pode-se comprovar com estes dados prévios de março”, acrescentou.
Para analistas do BTG Pactual, as perspectivas de crescimento do setor no Brasil continuam desafiadoras, com a situação macroeconômica pesando sobre a renda disponível dos consumidores.
“Reiteramos o neutro no papel, lembrando que crescimento é um dos principais catalisadores de criação de valor da companhia”, disseram os analistas em nota a clientes em referência às ações da Ambev, que tem participação de quase 70% do mercado brasileiro de cerveja, segundo informa a Reuters.
Ainda segundo os dados da Receita Federal, a produção de refrigerantes em março também caiu, recuando 5,4% sobre um ano antes. Sobre fevereiro, porém, houve crescimento de 4,8%. No trimestre, a categoria acumulou produção de 35,1 milhões de hectolitros, 7,7% abaixo dos três primeiros meses de 2015.

EMPRESAS BRASILEIRAS RENEGOCIAM US$ 24 BILHÕES EM DÍVIDAS NO EXTERIOR
10/05/2016 08:25 O ESTADO DE SÃO PAULO
As empresas brasileiras estão renegociando mais de US$ 24 bilhões em dívidas com bônus emitidos no exterior. É o maior volume de reestruturação de débitos de empresas em um só país, e corresponde a mais de 10% do total de US$ 224 bilhões de bônus de companhias brasileiras em circulação no mercado (excluindo bancos), segundo a Dealogic, que compila dados sobre a atividade de mercado de capitais, finanças estruturadas, project finance e empréstimos.
Gol e Oi são as empresas que mais recentemente se juntaram a esse grupo, que conta com empresas do agronegócio, como GVO, Usina São João, Tonon, Arcalco e Ceagro, as construtoras Schahin e OAS, a Cimento Tupi, a General Shopping e a Odebrecht Óleo e Gás, entre outras. Várias estão em recuperação judicial.
Para analistas, o efeito dessa onda de renegociações pode ser equivalente ao ocorrido após a moratória do Brasil na década de 1980: anos para retomada da confiança e para acesso ao dinheiro mais cobiçado e barato no exterior, o dos fundos de pensão e das seguradoras.
“O Brasil ganhou o prêmio de default no mundo em 2015. Globalmente, no portfólio de empresas da Fitch, o Brasil tem o maior número de companhias em default”, disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Daniel Kastholm, diretor executivo do grupo de finanças corporativas da Fitch Ratings para a América Latina. Segundo ele, esta é a crise mais grave para as companhias brasileiras nos últimos 30 anos, marcada por uma recessão extremamente profunda e um elevado conteúdo de incerteza política.
O pior aspecto para os investidores não é o fato de terem de alongar, trocar ou, no limite, até perderem parte do que investiram nos bônus, mas a insegurança durante o processo de renegociação, especialmente aquelas que se dão por meio da recuperação judicial. “O processo de reestruturação judicial no Brasil não é o ideal, pois não é conduzido por estruturas legais centralizadas e especializadas, o que resulta em inconsistências, não baseadas em precedentes, além de levar muito tempo”, avaliou Kastholm.
Eduardo Mattar, sócio do escritório Pinheiro Guimarães, que participa de grande parte das renegociações de empresas feitas com detentores de bônus, diz que os investidores estrangeiros têm sido surpreendidos por um ambiente espinhoso, enviesado e excessivamente pró-devedor nos processos.
“Os bônus foram adquiridos na suposição de que a lei de recuperação judicial, alterada em 2005, seria aplicada. Mas o fato é que sua aplicação a está tornado tão ruim quanto era a lei da concordata, vigente anteriormente”, disse. Segundo ele, por vezes os juízes têm desrespeitado a própria lei e as companhias, por entenderem que estarão na maioria dos casos protegidas pela interpretação de que tudo deve ser feito para salvar a empresa, abusam dos credores.
Prazo
Como exemplo, Mattar cita o fato de o período de 180 dias que as empresas têm para aprovar o plano de recuperação ser prorrogado, embora a lei diga que é improrrogável. Outra questão que tem sido alvo de discussão entre advogados nos processos em andamento está relacionada às garantias dos bônus, pelas quais credores têm de brigar em vários casos, mesmo que previstas nos contratos.
O Brasil chega a ser complicado até para os investidores acostumados a lidar com empresas que estão com a casa desarrumada, os chamados fundos “distress”. Rafael Fritsch, responsável pela área de crédito da Canvas, especializado em ativos de alto retorno, diz que os preços praticados no mercado secundário por bônus de empresas brasileiras em reestruturação já espelham essa insegurança.
Os bônus da Oi, por exemplo, operam no mercado secundário na margem de 20% a 30% do valor de face. “Não é possível que se recupere menos de 20% do que foi investido”, disse Fritsch. O Brasil tem um dos níveis mais baixos de recuperação, de acordo com ele, lembrando que, no exterior, a média do porcentual de recuperação é o dobro disso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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