No acumulado a economia encolheu 4,4%

No acumulado a economia encolheu 4,4%.
PIB do Brasil cai 0,8% no 3º tri e economia tem 7 trimestres de queda
MARIANA CARNEIRO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO – Folha de São Paulo
30/11/2016 09h02
A economia brasileira seguiu encolhendo no início do segundo semestre deste ano, reforçando a expectativa de que a recuperação da atividade, quando ocorrer, será mais lenta do que se esperava.
O IBGE informou nesta quarta (30) que o PIB contraiu 0,8% no terceiro trimestre (entre julho e setembro), ante os três meses imediatamente anteriores.
No acumulado em quatro trimestres, a economia encolheu 4,4%. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, a queda foi de 2,9%.
Há sete trimestres seguidos (um ano e nove meses) a economia brasileira retrai continuamente, numa das mais longas recessões da história do país.
É a mais longa sequência de quedas de acordo com a atual série histórica das Contas Nacionais, do IBGE, iniciada no primeiro trimestre de 1996.
O resultado negativo já era esperado por economistas e analistas do mercado financeiro, que vinham chamando atenção para resultados negativos mês após mês, sobretudo na produção da indústria, nas vendas do comércio e na concessão de crédito bancário.
A aposta central entre 48 estimativas coletadas pela Bloomberg para o PIB do 3º trimestre era de uma queda de 0,9%. Em relação ao mesmo período de 2015, o recuo esperado era de 3,2%.
Segundo o Comitê de Datação de Ciclos da Fundação Getulio Vargas, a recessão é ainda mais longa e começou no segundo trimestre de 2014. A FGV, diferentemente do IBGE, leva em consideração outros elementos, como condições do mercado de trabalho, para fixar os ciclos econômicos.
Nos dados do PIB, o IBGE verificou que o consumo das famílias recuou 0,6%, o que condiz com o desemprego em alta e a queda na renda.
O consumo tem impactos sobre o setor de serviços —que inclui desde comércio e atividade financeira a escolas privadas—, que encolheu 0,6%. Serviços respondem por 72% do PIB.
Não à toa, ambos também retraem há sete trimestres consecutivos, algo igualmente inédito na série histórica do IBGE.
Pelo lado da produção, a indústria reverteu a ligeira melhora observada no trimestre anterior e voltou ao terreno negativo. Em relação ao segundo trimestre deste ano, a queda foi de 1,3%.
O resultado da indústria foi influenciado pela indústria de transformação e pela construção civil, que declinaram 2,1% e 1,7% no trimestre (ante o segundo). Em ambos os casos, a retração no trimestre foi a pior registrada neste ano.
A agropecuária caiu 1,4%. É o setor que vinha resistindo à crise, embora tenha pouco impacto no resultado final, pois contribui com cerca de 5% do produto brasileiro.
O setor público ficou negativo no terceiro trimestre. Ante os três meses encerrados em junho, a queda foi de 0,3%.
INVESTIMENTOS FRUSTRADOS
O terceiro trimestre foi marcado pela alta da confiança de empresários e investidores com a mudança da política econômica. Embora ainda abaixo da média, a confiança passou a subir rapidamente e encorajou expectativas de que os investimentos e o consumo voltariam.
O resultado dos investimentos no segundo trimestre ajudou a alimentar as expectativas mais otimistas. Após trimestres seguidos no vermelho, os investimentos voltaram ao campo positivo. No terceiro trimestre, porém, o número voltou a cair 3,1%.
A razão da melhora da confiança eram as perspectivas de que o governo Michel Temer (ainda interino) conseguiria reverter os efeitos da crise política e econômica e conduziria reformas que controlariam a evolução insustentável dos gastos do governo.
Pouco após ser confirmado no cargo, em agosto, Temer conseguiu fazer avançar na Câmara e no Senado a PEC do Teto de Gastos, o que reforçou a confiança.
Mas a crise política não cedeu, com o afastamento de ministros e a revelação de investigações envolvendo políticos. Isso passou a suscitar dúvidas sobre a capacidade do atual governo em aprovar as reformas, principalmente a da Previdência.
Frustrando a confiança, a atividade econômica também não apareceu, emperrada pelo desemprego elevado, cenário externo incerto e endividamento de empresas e famílias.
Com isso, a confiança voltou a declinar, já em novembro, em razão da frustração com a debilidade na retomada da economia.
Antes mesmo da divulgação oficial, nesta quarta, economistas já tinham revisado para baixo o crescimento da economia neste e no próximo ano. O próprio governo cortou sua projeção de expansão em 2017 de 1,6% para 1%.
Em meados de setembro, a retração esperada para este ano era de 3,1%. Agora, segundo a pesquisa semanal Focus, do BC, piorou para uma queda de 3,4%.
REVISÃO
Na divulgação do PIB do terceiro trimestre, o IBGE informou que reviu os dados de 2015 e 2016.
No segundo trimestre, o PIB retraiu menos: -0,4% ante -0,6% da medição divulgada anteriormente. A revisão dos dados do segundo trimestre, para um pouco melhor, se deve à revisão do setor de serviços.
O IBGE verificou que a principal revisão para cima neste setor foi na administração pública, que representa 24% do setor serviços.
Como uma medida de aproximação, o consumo do governo no segundo trimestre, ante o mesmo período do ano anterior, foi alterado de -2,2% para -0,5%.
Já a quebra da safra do milho e a revisão na produção de soja, que era positiva e passou a cair neste ano, levou o IBGE a rever para pior o desempenho do setor agropecuário no primeiro semestre deste ano.
O primeiro trimestre teve uma queda mais acentuada, em vez de -0,4%, o PIB caiu -0,5%.
O IBGE também revisou os números de 2015.
No primeiro trimestre do ano passado, a variação ante o trimestre anterior, em vez de uma queda de 1,2%, o IBGE verificou uma queda de 0,9%. No terceiro e quarto trimestres, a retração do PIB foi revisada de -1,5% para -1,6% e o quarto trimestre, de -1,3% para -1,1%.
Apesar da revisão dos números de 2015, a retração verificada no ano não mudou e foi de -3,8%.

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