Brasil: Sem peso no mercado global

Sem peso no mercado global
A economia brasileira continua sendo uma das mais fechadas do mundo capitalista e, além disso, sua presença nos mercados foi severamente prejudicada pela tosca diplomacia econômica – uma reedição anacrônica do terceiro-mundismo – dominante no período petista

10 Dezembro 2016 | 03h27 Editorial – O Estado de São Paulo
O Brasil continua marcando passo no comércio internacional, incapaz de avançar para o pelotão dos maiores exportadores e importadores. Embora seja uma das dez maiores economias, o País ficou na 25.ª posição entre os exportadores em 2015, mantendo o mesmo lugar do ano anterior e um pouco atrás da colocação sustentada entre 2010 e 2013, a 22.ª. Também entre os importadores o Brasil faz feio, no 25.º lugar. A perda de três posições em um ano é explicável pela recessão: com a queda do consumo e também do investimento em máquinas e equipamentos, diminuiu a procura de produtos estrangeiros. Mas essa modesta participação no valor das trocas globais está longe de ser um fato conjuntural. A economia brasileira continua sendo uma das mais fechadas do mundo capitalista e, além disso, sua presença nos mercados foi severamente prejudicada pela tosca diplomacia econômica – uma reedição anacrônica do terceiro-mundismo – dominante no período petista.
China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Holanda lideram, nessa ordem, o comércio internacional. A participação chinesa nas exportações globais passou de 12,4% em 2014 para 13,8% em 2015. A do Brasil diminuiu de 1,3% em 2013 para 1,2% nos dois anos seguintes. Mas a presença brasileira é ainda menos significativa nas vendas de manufaturados, apesar do tamanho e da diversificação da indústria instalada no País. A produção brasileira aparece com destaque no mercado de aviões e, além disso, alguns segmentos e grupos industriais atuam com dinamismo no comércio. Mas a maior parte da indústria tem problemas de competitividade.
Alguns desses problemas são próprios das empresas, como o baixo grau de inovação a produtividade insuficiente. Outros são sistêmicos – tributação irracional, excesso de burocracia oficial, infraestrutura ruim e baixa oferta de mão de obra qualificada ou em condições de receber treinamento no local de trabalho. A tudo isso se acrescentam erros graves de política pública.
No ano 2000, a venda de manufaturados proporcionou 58,6% da receita comercial brasileira. Em 2007, essa fatia ficou em 52,4%. A partir de 2008, a participação desses produtos foi sempre inferior a 50%. Desde 2010 esteve sempre abaixo de 40%. O quadro seria menos preocupante se isso se explicasse apenas pelo aumento da receita proporcionada pela exportação de bens primários ou semimanufaturados. Mas a história é outra. Envolve equívocos de política industrial, com muito protecionismo, ampla distribuição de favores a grupos e setores eleitos como favoritos do poder e pouco empenho na inovação e no aumento de produtividade. Envolve também, de modo especialmente importante, erros diplomáticos. As duas linhas de equívocos inevitavelmente se somaram.
No ano passado, o Brasil vendeu aos Estados Unidos US$ 13,8 bilhões em manufaturados, 57,3% do total exportado ao mercado americano. Os manufaturados enviados à China renderam apenas US$ 2,3 bilhões, ou 5,3% do valor da exportação. Uma das primeiras façanhas do presidente Lula, no início de seu primeiro mandato, foi torpedear as negociações da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca). Fez isso em colaboração com o argentino Néstor Kirchner.
Afundado o projeto da Alca, outros países sul e centro-americanos fizeram acordos comerciais com os Estados Unidos e ganharam acesso a seu mercado. O Brasil ficou em desvantagem nesse jogo. Os EUA ainda são o mais importante comprador de manufaturas brasileiras, mas boa parte das vendas da indústria do Brasil ficou limitada a mercados menos desenvolvidos. Ao Mercosul os fabricantes brasileiros venderam no ano passado US$ 15,4 bilhões, mas tendo de submeter-se a barreiras do lado argentino. O acordo entre Mercosul e União Europeia, outro importante parceiro, continua emperrado, por culpa tanto de argentinos quanto de brasileiros. Enquanto isso, o Brasil mantém com a China uma relação semicolonial, exportando matérias-primas e importando manufaturas, graças à genialidade geopolítica do PT.

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