O novo primeiro ministro da Inglaterra

Conheça as arriscadas estratégias do novo líder do Partido Conservador e primeiro-ministro ​britânico para tirar o país do bloco

Redação, O Estado de S.Paulo

23 de julho de 2019 | 11h23
Atualizado 23 de julho de 2019 | 15h34

LONDRES – O próximo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, faz uma aposta arriscada para o Brexit, prometendo uma saída da União Europeia (UE) por cima, apesar da recusa de Bruxelas de renegociar o acordo de divórcio concluído por Theresa May.

Boris Johnson, novo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, prometeu concluir Brexit até 31 de outubro

Boris Johnson, novo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, prometeu concluir Brexit até 31 de outubro Foto: Hannah McKay/Reuters

O novo líder conservador ameaça um Brexit sem acordo até a data limite de 31 de outubro, mas ao mesmo tempo quer acreditar na possibilidade de encontrar um terreno comum. Veja qual a sua estratégia e chances de sucesso:

• Plano A: Brexit com acordo

Em um mundo ideal, Boris Johnson gostaria de obter um novo tratado de retirada no lugar do acordo negociado pela primeira-ministra Theresa May, rejeitado três vezes pelo Parlamento britânico.

Mas admite que isso está quase fora de alcance, dado o recesso parlamentar deste verão e o estabelecimento de novas equipes em Londres e Bruxelas.

Haveria apenas algumas semanas em setembro e outubro para negociar, o que parece muito pouco, já que o atual acordo foi o resultado de 17 meses de difíceis discussões que resultaram em um texto de 585 páginas.

A UE repetiu diversas vezes que está pronta apenas para mudanças na declaração política sobre a futura relação entre as partes, que acompanha o tratado de retirada.

• Plano B: acordo restrito

A outra possibilidade prevista por Boris Johnson seria fazer com que o Parlamento ratificasse apenas as “melhores partes” do acordo de Theresa May.

Essa opção incluiria os pontos menos polêmicos, como os direitos dos cidadãos europeus, questões de segurança e de cooperação diplomática.

excluiria o chamado “backstop”, a rede de segurança que visa impedir o regresso de uma fronteira dura entre a República da Irlanda e a província britânica da Irlanda do Norte.

Johnson está apostando em uma estratégia de “ambiguidade construtiva”, particularmente sobre o pagamento de 39 bilhões de libras que Londres deve à UE no âmbito do Brexit.

Este montante poderia servir como meio de pressão para obter de Bruxelas um acordo de “status quo” que permita renovar as regras comerciais existentes até a assinatura de um novo acordo.

A fim de evitar o retorno de uma fronteira na Irlanda durante este período transitório, Johnson mencionou certas soluções tecnológicas ou isenções. Ele garante que tudo pode ser resolvido “bem antes” das próximas eleições legislativas no Reino Unido, marcadas para maio de 2022.

PARA ENTENDER

Brexit: guia sobre a saída do Reino Unido da União Europeia

Entenda a origem do processo de separação entre Londres e Bruxelas, saiba o que já foi negociado entre as partes e conheça quais são os próximos passos previstos para o processo

• Plano C: saída sem acordo

Resta a solução altamente incerta de obter mais clemência dos líderes europeus. Mas Bruxelas não pretende fazer concessões muito amplas para evitar um precedente aos olhos de outros eurocéticos do continente. É por isso que a ameaça de um “no deal”, ou Brexit sem acordo, faz todo o sentido.

Este cenário temido pelos meios econômicos terá, de fato, consequências muito mais graves para o Reino Unido do que para o continente, que tem uma economia muito maior e mais diversificada.

Essa solução também pode colocar em risco o acordo de paz na Irlanda do Norte, que encerrou décadas de violência, sem contar que será um fracasso diplomático retumbante para o Reino Unido.

• Uma estratégia viável

A estratégia de Boris Johnson é vista com pessimismo, ainda mais após algumas declarações polêmicas.

Ele prometeu uma saída da UE em 31 de outubro, mesmo sem acordo, não implicará em novas tarifas alfandegárias num futuro imediato. Mas esse arranjo só é possível em caso de acordo mútuo entre Londres e Bruxelas, um ponto que Boris Johnson ignorava, e que finalmente admitiu.

Segundo ele, no entanto, a UE tem todo o interesse em cooperar, mas está mais do que pronto para romper as pontes em 31 de outubro. / AFP

“Sabemos que os negócios vão crescer por isso o Uruguai”
Globant investe USD 60 milhões no Uruguai
“Uruguai, um país próspero” disse diretor do Grupo Casino
Uruguai tem incentivos para audiovisual
Audiovisual: incentivos no Uruguai
Uruguai é o 2o país com mais energia renovável
Uruguai vacinará toda população em 45 dias
Uruguai anuncia nova Zona Franca
Google liga novo cabo submarino no Uruguai
Porto do Uruguai segue o exemplo de Singapura
Acordo para tributar multinacionais: oportunidade para China?
Uruguai é o país mais resistente na pandemia
Unicórnio do Uruguai entra na Bolsa em NY
Porto do Uruguai se moderniza
Chocolaterias premium expandem no Uruguai
Tempos de bonança pós pandemia diz The Economist
Uruguai tem instituições fortes e alta renda per capita diz FMI
Uruguai prepara o melhor porto da América do Sul
Argentina: 9 dias de lockdown
Argentina aumenta restrições de mobilidade
Uruguai abre as fronteiras para estrangeiros
Empresas de tecnologia uruguaias vendem para México
Porto de Montevideo será mais moderno da AL
Assessor de Macri pede asilo no Uruguai
Uruguai: taxa de internação em UTI de vacinados é quase zero
Novos vôos Miami – Montevideo
Google compra 30 hectares no Parque da Ciência no Uruguai
Uruguai consegue boa colocação de bonos
Empresa de software investe no Uruguai
UBS espera retomada da economia em outubro
EUA e Europa estudam modelo de tributação mundial
Advocacia: mudanças radicais e rápidas
Uruguai anuncia compra de mais vacinas
Paraguai surpreende e não apoia flexibilização do Mercosul
Nova Iorque perde USD 60 bilhões com turismo
Nova fábrica da Ford Uruguai começa a contratar
BofA: bolha é maior preocupação dos investidores
Hotéis e edifícios em Nova Iorque em crise
Uruguai propõe flexibilização do Mercosul
“Argentina é difícil para investidores estrangeiros*
Argentina: a miséria assola o país
Argentina: crise santiária e financeira
Brasileiros investem no exterior
“Uruguai é reconhecido por dar segurança aos investidores”
Porto de Livre Comércio de Hainan
Falências vão ser recordes em São Paulo
“Argentina não tem futuro”
Preços do mercado imobiliário de Montevideo
Home Office muda Manhattan
Fim do ensino presencial?