6 em cada 10 famílias estão endividadas, aponta CNC
Notícia Publicada em 27/04/2016 11:21
O FINANCISTA
SÃO PAULO – A parcela de famílias endividadas caiu de 60,3% em março para 59,6% em abril, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Em abril do ano passado, a taxa era de 61,6%.
A redução é consequência do maior cuidado dos consumidores na hora das compras. “Há três meses que a Peic [Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor] apresenta retração e em abril chegou ao seu menor patamar desde março de 2015. Esse resultado evidencia a retração do consumo com uma cautela maior do consumidor”, avalia a economista da CNC, Marianne Hanson.
Acompanhando a queda do percentual de famílias endividadas, a parcela daquelas com dívidas ou contas em atraso também diminuiu, passando de 23,5% em março para 23,2% em abril. No mesmo mês do ano passado estava em 19,7%.
As famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, ficou em 8,2% em abril ante 8,3% em março de 2016 e 6,9% em abril de 2015.
Fonte: CNC
“Os indicadores de inadimplência pioraram com relação ao ano passado, em função das taxas de juros mais elevadas e do cenário menos favorável no mercado de trabalho”, explica a economista.
Nível de endividamento
A proporção de famílias que se declararam muito endividadas aumentou na comparação mensal, passando de 14,3% para 14,5% em abril. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 2,5 pontos percentuais.
O tempo médio das dívidas em atraso foi de 61,8 dias em abril de 2016 – acima dos 60,9 dias registrados na comparação anual. O tempo médio de comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 33,4% têm dívidas por mais de um ano.
Do total das famílias brasileiras, 23,2% têm mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
O cartão de crédito é apontado por 77,9% como o principal tipo de dívida, seguido dos carnês, com 15,4%. O financiamento do carro ocupa o terceiro lugar na lista, com 11,9%.