A frágil Europa dos bancos

A frágil Europa dos bancos
Desde janeiro, o Deutsche Bank perdeu US$ 15 bilhões, ou metade do seu valor
Gilles Lapouge
01 Outubro 2016 | 05h00
A Europa bancária volta a tremer. Culpa de quem? Dos gregos incapazes? Dos galegos e portugas? Dos bifes e sua sujeira do Brexit? Da pobre Holanda? Dos carcamanos? Nada disso: culpa… dos alemães. Dos boches? Sim, dos boches.
Mais precisamente, do Deutsche Bank, que perdeu na bolsa, quinta-feira, desde as primeiras transações, 8%. E o Deutsche Bank não é pouca coisa. Foi criado em 1870 para financiar a indústria após a Guerra Franco-Prussiana. Depois ganhou vulto: seu balanço equivale ao PIB da Itália e representa 10% do PIB da zona do euro.
É esse mastodonte, muito maior que o Lehmann Brothers, que hoje perde fôlego. Duas razões: é frágil, como assinalou o FMI, e tem uma enorme carteira de ativos de risco, totalmente obscuros, que podem virar uma verdadeira bomba, mais ou menos como aconteceu em 2008 quando o Lemann Brothers foi à falência.
São essas as fraquezas estruturais do Deutsche Bank. A isso, vem se juntar um incidente conjuntural: os Estados Unidos ameaçam o banco com uma multa de US$ 14 bilhões por seu papel na crise de 2008. US$ 14 bilhões! Sabemos que tal soma é teórica: uma negociação vai reduzir substancialmente a quantia. A psicologia, porém, tem um papel decisivo nas finanças, e esse é o caso.
Uma faísca pode inflamar a bolsa, como um cigarro jogado de um carro transforma a Califórnia num braseiro. Os estragos já são graves: desde janeiro, o Deutsche Bank perdeu US$ 15 bilhões – metade de seu valor, ou a multa aplicada pelos Estados Unidos.
É evidente que Angela Merkel já está em uniforme de combate. É preciso apagar o fogo. Mas isso não é fácil. Há dois dias, o semanário Die Zeit, de Hamburgo, anunciou que Berlim e Merkel preparavam um plano de emergência para o Deutsche Bank. Berlim desmentiu. Não há plano de salvação. O diretor do banco (estranhamente, um inglês) minimizou: “Está tudo bem. Não há plano nenhum”. Por enquanto, ao que se diz, os outros países europeus não sofreram contágio. Mas já se sabe que o próximo ponto frágil da Europa bancária será a Itália. O país está inerte. Apesar de seu premie, Matteo Renzi, andar bem, o país claudica. Seu setor bancário está embolorado.
Para corrigir isso, seria preciso recapitalizar os bancos italianos com ¤ 100 bilhões (US$ 112 bilhões), de modo a evitar que sejam arrastados pela enorme quantidade de dívidas suspeitas não provisionadas. O setor bancário italiano é um castelo de cartas. Um incêndio, uma tempestade forte, destruiria seu telhado.
Portugal, também, inspira cuidados. Se a classificação de risco do país cair…

Especialistas responsabilizam cada vez mais o Banco Central Europeu (BCE), com sua política de juros baixos, pela desordem bancária na Europa. O diretor do BCE, o italiano Mario Draghi, teve suas razões para manter a situação assim a fim de estimular as economias neurastênicas. Hoje, no entanto, os juros baixos são cada vez mais uma desvantagem para os bancos. Um banco consegue dinheiro emprestando a curto prazo (mais barato) para poder emprestar a longo prazo (que sai mais caro). Ora, com a política de Draghi, as taxas de curto e longo prazos são semelhantes. Assim, os bancos perdem sua fonte de lucro.
Enquanto isso, o governo grego continua a se perguntar como vai conseguir que pelo menos alguns cidadãos concordem em pagar de vez em quando seus impostos. Querida Europa… / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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