Apesar de dólar caro, indústria brasileira é pouco competitiva

RAQUEL LANDIM – TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

A forte desvalorização do real e a recessão têm sido insuficientes para reduzir de forma relevante o custo da mão de obra na indústria e elevar a competitividade do setor no exterior.

O chamado CUT (Custo Unitário do Trabalho) da indústria caiu 27,5% de janeiro para novembro de 2015, segundo cálculo do BC com base nos dados do IBGE.

O CUT é um índice relevante para medir a competitividade da indústria, porque aponta o custo do trabalho para produzir uma unidade de bem industrial. No seu cálculo, é utilizado o índice de folha de pagamentos da indústria do IBGE, ponderado pelo índice de produção física e pela taxa de câmbio.

Até agora, no entanto, a redução do custo do trabalho é muito pequena quando comparada ao significativo aumento dessa despesa, que ocorreu nos anos Lula. O CUT na indústria em novembro de 2015, último dado disponível, ainda é 158% superior ao de dezembro de 2002, antes de o PT assumir o poder.

Vários fatores incentivaram o aumento do custo do trabalho, principalmente entre 2003 e o fim de 2012, como os significativos reajustes do salário mínimo e o forte crescimento do PIB.

“A desvalorização do câmbio sempre traz alguma competitividade, mas não é sustentável. O efeito vai acabar quando a moeda brasileira estabilizar. A indústria não vai melhorar sem mais produtividade”, diz Renato Fonseca, gerente-executivo da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Nas últimas décadas, a indústria brasileira encontra muita dificuldade para elevar sua produtividade, por causa de má gestão, infraestrutura precária e baixa qualificação dos trabalhadores.

Para José Marcio Camargo, especialista em trabalho do PUC-RJ, o forte aumento do preço dos serviços acabou impactando todos os salários do país, inclusive da indústria, por causa da disputa por trabalhadores entre os dois setores e do peso de serviços como educação e saúde no orçamento das famílias.

Ele acredita que o custo do trabalho na indústria só vai cair significativamente quando os preços do serviços subirem em ritmo compatível ou até menor que os produtos industriais e agrícolas.

Para o professor Naércio Menezes, do Insper, o custo do trabalho na indústria hoje não é alto e apenas voltou aos patamares de 1994. “Tudo depende do período de comparação”, diz.

O levantamento do BC efetivamente aponta que o custo unitário do trabalho na indústria em novembro de 2015 estava apenas 4,4% maior do que em janeiro de 1994.

Naércio explica que, entre 1995 e 2003, houve forte queda do salário no Brasil por causa do desequilíbrio externo e do fraco crescimento da economia nos últimos anos do governo FHC.

A economista Patrícia Pelatieri, especialista do Dieese, também contesta a tese de que o custo elevado do trabalho é um dos fatores que mais pesa na competitividade da indústria no exterior.

Ela afirma que o custo brasileiro do trabalho sempre foi baixo pelo menos em na comparação com outros países latino-americanos.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/02/1736418-apesar-de-dolar-caro-industria-brasileira-e-pouco-competitiva.shtml

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