BOFA: Privatização será a porta de entrada

Privatização será porta de entrada para importantes investidores no País, diz executivo do BofA

Banco está ativo em conversas com principais estatais, como Petrobrás e Caixa, além Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Secretaria de Privatização, para entender como o governo está conduzindo esses processos.

Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo

30 de agosto de 2019 | 15h56

Um dos maiores bancos estrangeiros com atuação no Brasil, o Bank of America Merrill Lynch (BofA) vê nas privatizações colocadas em curso pelo governo federal uma porta de entrada para importantes investidores financeiros e estratégicos no País. “O governo está saindo de negócios que não são estratégicos e há muitas empresas no radar dos investidores”, disse  Hans Lin, chefe da área de banco de investimento do BofA.

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Hans Lin, responsável pela área de banco de investimentos do Bank of America Merrill Lynch, diz que o mercado de capitais está muito aquecido e com ótimos ativos Foto: Tiago Queiróz/Estadão

O banco tem sido ativo nessas negociações e está em conversas com estatais, como Petrobrás e Caixa, além Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e Secretaria de Privatização, para entender como o governo está conduzindo esses processos.

Nos últimos meses, a Petrobrás se desfez de importantes empresas – como o gasoduto TAG, por US$ 8,6 bilhões, além de campos de petróleo – e está prestes a vender outros negócios. Na lista ainda há oito refinarias, que tem atraído grupos que não atuam no Brasil. Os bancos públicos também estão indo a mercado para levantar recursos por meio de abertura de capital (IPO, em inglês) e emissões de novas ações de empresas já listadas (follow on).

“Temos um ambiente pró-reforma que já está impactando o mercado. Essas discussões começaram há dois anos, mas agora estão bem encaminhadas. Antes falávamos de uma economia de R$ 500 bilhões (com a Previdência). Agora é quase o dobro. A surpresa boa será se incluir os Estados e municípios”, afirmou Lin.

O executivo reconhece, no entanto, que a retomada da economia está lenta e que o desemprego ainda preocupa. Mas, ainda assim, segundo ele, os investidores estão focados em Brasil.

“É importante observar que o mercado de capitais está muito aquecido e com ótimos ativos”, afirmou. Embora o crescimento do PIB esteja tímido, a expectativa de retomada anima o mercado – a projeção do banco é de crescimento da economia de 0,7% para este ano e de 1,9% em 2020. “Se olharmos as economias de outros países, não há crescimento expressivo, como na Europa e Japão. Os Estados Unidos estão crescendo menos. Na China, tem toda essa incerteza. O único País que tem tamanho (para atrair investimentos e potencial de crescimento) é o Brasil.”

A disputa comercial entre Brasil e EUA, segundo ele, tem tudo para deixar o Brasil mais competitivo. “Tem um clima ainda aguçado, que cria sentimento de aversão a risco. Se ficar muito exagerado, prejudica sob o ponto de vista de fluxo. Sob o ponto de vista econômico, os investidores vão procurar outros locais para fazer investimentos”, disse.

O Brasil se beneficia diretamente pelas exportações de commodities, ocupando espaço dos Estados Unidos. Isso já tem acontecido com os embarques de soja, por exemplo.

Mercado de capitais deve bater recorde

Coordenador de importantes ofertas no mercado de capitais, o banco participou de R$ 38 bilhões dos R$ 60 bilhões emitidos nos primeiros sete meses do ano. A perspectiva é encerrar 2019 com até R$ 100 bilhões. O banco tem mandato para 20 emissões em andamento e há outras 20 operações no radar, o que mostra, segundo Lin, uma confiança do investidor em empresas no Brasil.

As operações de fusões e aquisições também devem seguir firmes. As privatizações deverão dar impulso, mas há investidores estratégicos e financeiros de olho em diversos setores industriais no País. Até o momento, o banco fechou 12 transações – quatro delas campos de petróleo da Petrobrás. Também foi um dos coordenadores da compra da Avon pela Natura, da Aliansce com a Sonae Sierra e a compra dos ativos externos da BRF pela gigante Tyson.

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