Brasil perde renda per capita

Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1

 


Em 2018, os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita da Colômbia chegou a US$ 14,943 mil, enquanto o do Peru foi a US$ 14,424 mil. A riqueza dois países equivaliam, respectivamente, a 93% e 88% da renda do brasileiro (US$ 16,154 mil) no ano passado. É a menor diferença já registrada pelo fundo.

A aproximação das economias colombiana e peruana marca mais um revés para o Brasil e deixa evidente que o país tem ficado para trás na região. Nas últimas décadas, a economia brasileira já foi superada pelo Chile e viu a distância de outros países latino-americanos, como México e Argentina, crescer em vários momentos.

O PIB per capita é um indicador que mede toda a riqueza produzida por um país e a divide pela quantidade de habitantes. Os dados foram calculados em Paridade do Poder de Compra (PPC) e, portanto, permitem a comparação entre os países porque exclui qualquer tipo de efeito do câmbio nas moedas locais.

PIB per capita dos países da América Latina — Foto: Igor Estrella/Arte G1PIB per capita dos países da América Latina — Foto: Igor Estrella/Arte G1

PIB per capita dos países da América Latina — Foto: Igor Estrella/Arte G1

Em 1980, quando o indicador começou a ser mensurado pelo órgão, a distância do Brasil para Colômbia e Peru era bem maior. O PIB per capita colombiano equivalia a 56% do brasileiro, enquanto o peruano correspondia a 64%.

Naquele ano, o Brasil tinha um PIB per capita de US$ 4,9 mil, enquanto o da Colômbia somava US$ 2,762 mil, e o Peru tinha uma riqueza média de US$ 3,151 mil.

O Brasil também superava o Chile, cuja renda per capita era de US$ 3,441 em 1980. Em 2018, no entanto, o PIB per capita chileno avançou a US$ 27,059 mil – 60% superior ao brasileiro no mesmo ano.

Brasil cresce menos

O mau desempenho do Brasil na comparação com os pares latino-americanos é explicado pelo baixo crescimento econômico ao longo dos últimos anos. O cenário foi agravado com a recessão de 2015 e 2016 e por avanços modestos do PIB nos dois anos seguintes, em 2017 e 2018.

“A Colômbia e o Peru apresentam uma tendência de evolução no crescimento, enquanto o Brasil enfrenta dificuldades”, diz Marcel Balasiano, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

Uma análise detalhada dos números do PIB dos países latino-americanos feita por Balasiano entre 1980 e 2018 confirma a lentidão brasileira. Nesse quase 40 anos, o crescimento médio do Brasil foi de 2,3%, enquanto o PIB da Colômbia subiu 3,5% e do Peru avançou 3,2%.

De forma geral, o desempenho econômico dos países da América Latina se destacou, sobretudo, nos anos 2000, quando a economia mundial foi beneficiada pelo boom de commodities. O rápido crescimento chinês aumentou a demanda por produtos básicos, o que estimulou toda a economia da região.

Hoje, com o fim deste ciclo, todas as economias da região crescem menos do que no passado, mas países com desequilíbrios macroeconômicos, como Brasil e Argentina, estão sofrendo mais.

“O Brasil teve um excesso de estímulo monetário, fiscal e parafiscal. Uma hora tudo isso se esgotou”, diz João Pedro Bumachar, economista do Itaú Unibanco. “Na hora em que a economia brasileira precisou de algum estímulo, havia pouca margem.”

Diferença vai seguir caindo

Nas projeções do fundo, a diferença da Colômbia e do Peru para a economia brasileira deve continuar diminuindo e os países devem praticamente se igualar no quesito PIB per capital em poucos anos.

Em 2024, a projeção do FMI é que o PIB per capita da Colômbia chegue a US$ 19,766 mil e alcance 99% da renda do Brasil (US$ 20,052 mil). Já o PIB per capita peruano (US$ 19,027 mil) deve equivaler a 95% do brasileiro.

“Colômbia e Peru foram economias que se voltaram mais para o mundo”, afirma Alexandre Chaia, professor de finanças do Insper. “O Brasil é um país extremamente fechado, com baixo nível de exportação e importação. Isso não gera o benefício das trocas comerciais e foi por meio das trocas que o mundo cresceu nos anos 1990 e 2000.”

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