China alerta Brasil

Em editorial, China faz alerta a Bolsonaro e diz que ‘custo’ pode ser grande para o Brasil

China apontou que, se a opção do Brasil em 2019 for seguir a linha de Donald Trump, quem sofrerá será a economia brasileira

Jamil Chade, correspondente, O Estado de S.Paulo

31 Outubro 2018 | 12h16

GENEBRA- A China fez um duro alerta ao presidente eleito Jair Bolsonaro e apontou que, se a opção do Brasil em 2019 for por seguir a linha de Donald Trump e romper acordos com Pequim, quem sofrerá será a economia brasileira.

A forma encontrada pela China para mandar o recado foi a publicação de um editorial em seu principal jornal estatal, com versão em língua inglesa. No China Daily, o texto não deixa dúvidas da irritação que Bolsonaro já criou em Pequim. O jornal é uma espécie de porta-voz ao mundo do governo chinês e usado para mandar mensagens a parceiros.

Jair Bolsonaro
Criticar Pequim “pode servir para algum objetivo político específico, mas o custo econômico pode ser duro para a economia brasileira, que acaba de sair de sua pior recessão da história.”, afirmou a China em editorial. Foto: Marcelo Sayão/EFE

Segundo o editorial, as exportações brasileiras “não apenas ajudaram a alimentar o rápido crescimento da China. Mas também apoiaram o forte crescimento do Brasil”. Para os chineses, portanto, criticar Pequim “pode servir para algum objetivo político específico”. “Mas o custo econômico pode ser duro para a economia brasileira, que acaba de sair de sua pior recessão da história.”

“Ainda que Bolsonaro tenha imitado o presidente dos EUA ao ser vocal e ultrajante para captar a imaginação dos eleitores, não existe razão para que ele copie as políticas de Trump”, alertaram os chineses. O jornal admite que existem especulações sobre o futuro das relações entre os dois países.

Bolsonaro, ao longo da campanha presidencial, criticou a China. Em fevereiro, ele ainda visitou Taiwan, o que deixou Pequim irritada. Sabendo que Bolsonaro poderia ser um forte concorrente para a Presidência, a embaixada chinesa enviou uma carta de protesto. Nela, Pequim expressava sua “profunda preocupação e indignação” e alertava que a visita era uma “afronta a soberania e integridade territorial da China” e “causa eventuais turbulências na Parceria Estratégica Global China-Brasil, na qual o intercâmbio partidário exerce um papel imprescindível”.

Agora, segundo o editorial, empresários chineses operando no Brasil e autoridades em Pequim vão se colocar a pergunta: “até que ponto o próximo líder da maior economia da América Latina vai afetar a relação Brasil-China?”

“Essa é uma pergunta pertinente. Afinal, Bolsonaro é apresentado por alguns como um “Trump Tropical”, uma pessoa de direita que não apenas endossa a agenda nacionalista de Trump, mas pode copiar uma página de seu guia”, diz o texto. “Ele (Bolsonaro) prometeu dar preferências a acordos bilaterais e mudar a embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém”, indicou o texto do editorial.

“Além disso, ele se mostrou menos que amistoso em relação à China durante a campanha. Ele apresentou a China como um predador buscando dominar setores-chave da economia brasileira”, destacou.

“Não é uma surpresa, portanto, que as pessoas estejam se questionando se Bolsonaro irá, como o presidente americano fez, dar um golpe substancial à relação mutuamente benéfica Brasil-China”, insistiu.

Os chineses deixaram ainda claro que não acreditam que promessas feitas em campanhas eleitorais fiquem apenas pelo caminho antes do voto. “Ou que o Bolsonaro presidente coma naturalmente as palavras extremas do Bolsonaro candidato”, alertam.

“Ainda assim, esperamos que quando ele assumir a liderança da oitava maior economia do mundo, Bolsonaro olhe de forma racional e objetiva para o estado das relações Brasil-China”, disse. “Ele se daria conta que a China é seu maior mercado exportador e primeira fonte de superávit comercial”, escreveu o jornal. “Mais importante: as duas economias são complementares e dificilmente competidores.”

“Sabemos que os negócios vão crescer por isso o Uruguai”
Globant investe USD 60 milhões no Uruguai
“Uruguai, um país próspero” disse diretor do Grupo Casino
Uruguai tem incentivos para audiovisual
Audiovisual: incentivos no Uruguai
Uruguai é o 2o país com mais energia renovável
Uruguai vacinará toda população em 45 dias
Uruguai anuncia nova Zona Franca
Google liga novo cabo submarino no Uruguai
Porto do Uruguai segue o exemplo de Singapura
Acordo para tributar multinacionais: oportunidade para China?
Uruguai é o país mais resistente na pandemia
Unicórnio do Uruguai entra na Bolsa em NY
Porto do Uruguai se moderniza
Chocolaterias premium expandem no Uruguai
Tempos de bonança pós pandemia diz The Economist
Uruguai tem instituições fortes e alta renda per capita diz FMI
Uruguai prepara o melhor porto da América do Sul
Argentina: 9 dias de lockdown
Argentina aumenta restrições de mobilidade
Uruguai abre as fronteiras para estrangeiros
Empresas de tecnologia uruguaias vendem para México
Porto de Montevideo será mais moderno da AL
Assessor de Macri pede asilo no Uruguai
Uruguai: taxa de internação em UTI de vacinados é quase zero
Novos vôos Miami – Montevideo
Google compra 30 hectares no Parque da Ciência no Uruguai
Uruguai consegue boa colocação de bonos
Empresa de software investe no Uruguai
UBS espera retomada da economia em outubro
EUA e Europa estudam modelo de tributação mundial
Advocacia: mudanças radicais e rápidas
Uruguai anuncia compra de mais vacinas
Paraguai surpreende e não apoia flexibilização do Mercosul
Nova Iorque perde USD 60 bilhões com turismo
Nova fábrica da Ford Uruguai começa a contratar
BofA: bolha é maior preocupação dos investidores
Hotéis e edifícios em Nova Iorque em crise
Uruguai propõe flexibilização do Mercosul
“Argentina é difícil para investidores estrangeiros*
Argentina: a miséria assola o país
Argentina: crise santiária e financeira
Brasileiros investem no exterior
“Uruguai é reconhecido por dar segurança aos investidores”
Porto de Livre Comércio de Hainan
Falências vão ser recordes em São Paulo
“Argentina não tem futuro”
Preços do mercado imobiliário de Montevideo
Home Office muda Manhattan
Fim do ensino presencial?