Dinheiro está voltando para o Brasil

Dinheiro está voltando para o Brasil, diz executivo da Bolsa de Nova York

Para Alexandre Ibrahim, da área de mercados internacionais, interesse por investir no país se recupera

Danielle Brant

NOVA YORK

O dinheiro está voltando para o Brasil, afirma Alexandre Ibrahim, responsável por mercados internacionais da mais importante Bolsa do mundo, a Nyse, Bolsa de Valores de Nova York. A avaliação leva em consideração um termômetro americano: o crescente interesse de empresas brasileiras em fazer ofertas de ações nos Estados Unidos para se capitalizar e investir.

Em entrevista à Folha, Ibrahim contou ter identificado uma diferença de ânimo dos empresários brasileiros durante sua mais recente visita a São Paulo, na semana encerrada em 19 de outubro.

“Eu fiquei três dias em São Paulo. Acho que as coisas estão mudando um pouco, e estão mudando mais rápido do que esperávamos, para ser honesto”, afirmou.

Alex Ibrahim, executivo da Nyse
Alex Ibrahim, executivo da Nyse – Eugenio Savio/Valor

“Fiquei muito surpreso, porque estive no Brasil dois meses antes, e o sentimento não era tão otimista quanto na semana passada. O interesse de empresários em falar conosco foi incrível.”

Esse interesse está tão elevado, diz, que, no dia em que a entrevista foi realizada, na quinta-feira (25), uma empresa de tecnologia brasileira estava na Bolsa americana procurando conhecer o processo. “Eu estava com uma delas nesta manhã, antes de conversar com você. Estava aqui, visitando a gente”, conta.

Na Nyse, o Brasil é o quarto país com mais empresas listadas —31 no total. Fica atrás de Canadá, Grande China —que inclui Hong Kong, Macau e Taiwan— e Reino Unido.

Segundo ele, as empresas estão começando a se aproximar não só da Nyse para entender o processo, mas também de bancos e advogados que poderão ajudar nos eventuais IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) na Bolsa americana.

Ibrahim vê dinheiro voltando para o Brasil. Vai para empresas de tecnologia, como a PagSeguro, que levantou US$ 2,3 bilhões no início do ano no maior IPO realizado por um grupo estrangeiro em Wall Street desde o gigante chinês do comércio online Alibaba, que levantou US$ 25 bilhões (R$ 79 bilhões) em 2014. Vê também recursos fluindo para gigantes como Vale e Petrobras, e para empresas que dependem do consumo interno, como as aéreas Gol e Azul.

“Eles veem o Brasil como uma boa oportunidade neste ponto. E também porque o mercado esteve tão turbulento que os investidores podem ver o Brasil subvalorizado e é o tempo certo de entrar”, diz.

A leitura de Ibrahim é que a eleição teve impacto momentâneo e natural. “Toda vez que há eleições presidenciais —vimos o que aconteceu no Chile, Peru, México, na América Latina em geral— os mercados tendem a fechar. Mesmo aqui nos EUA. Em 2016, tivemos uma eleição presidencial e as coisas desaceleraram”, diz.

Ele avalia que, se tudo ocorrer bem no processo de transição política, o ano de 2019 pode ser muito bom e o Brasil pode se tornar um grande mercado para a Nyse.

Ibrahim afirma que, pelo tamanho do país, há um grande apetite por ativos brasileiros.

“O Brasil é um grande país. Há muitas oportunidades lá. Espero que as coisas se estabilizem e os investidores fiquem ainda mais confortáveis em participar no crescimento da economia brasileira, comprando ações de companhias abertas na Nyse”, disse.

Agora, a retomada esperada deve propiciar uma diversificação. Ele vê espaço para mais empresas de tecnologia na Bolsa. “O Brasil poderia, de longe, estar melhor representado porque há vários subsetores inovando e muitas fintechs (empresas de tecnologia da área financeira).

“Sabemos que os negócios vão crescer por isso o Uruguai”
Globant investe USD 60 milhões no Uruguai
“Uruguai, um país próspero” disse diretor do Grupo Casino
Uruguai tem incentivos para audiovisual
Audiovisual: incentivos no Uruguai
Uruguai é o 2o país com mais energia renovável
Uruguai vacinará toda população em 45 dias
Uruguai anuncia nova Zona Franca
Google liga novo cabo submarino no Uruguai
Porto do Uruguai segue o exemplo de Singapura
Acordo para tributar multinacionais: oportunidade para China?
Uruguai é o país mais resistente na pandemia
Unicórnio do Uruguai entra na Bolsa em NY
Porto do Uruguai se moderniza
Chocolaterias premium expandem no Uruguai
Tempos de bonança pós pandemia diz The Economist
Uruguai tem instituições fortes e alta renda per capita diz FMI
Uruguai prepara o melhor porto da América do Sul
Argentina: 9 dias de lockdown
Argentina aumenta restrições de mobilidade
Uruguai abre as fronteiras para estrangeiros
Empresas de tecnologia uruguaias vendem para México
Porto de Montevideo será mais moderno da AL
Assessor de Macri pede asilo no Uruguai
Uruguai: taxa de internação em UTI de vacinados é quase zero
Novos vôos Miami – Montevideo
Google compra 30 hectares no Parque da Ciência no Uruguai
Uruguai consegue boa colocação de bonos
Empresa de software investe no Uruguai
UBS espera retomada da economia em outubro
EUA e Europa estudam modelo de tributação mundial
Advocacia: mudanças radicais e rápidas
Uruguai anuncia compra de mais vacinas
Paraguai surpreende e não apoia flexibilização do Mercosul
Nova Iorque perde USD 60 bilhões com turismo
Nova fábrica da Ford Uruguai começa a contratar
BofA: bolha é maior preocupação dos investidores
Hotéis e edifícios em Nova Iorque em crise
Uruguai propõe flexibilização do Mercosul
“Argentina é difícil para investidores estrangeiros*
Argentina: a miséria assola o país
Argentina: crise santiária e financeira
Brasileiros investem no exterior
“Uruguai é reconhecido por dar segurança aos investidores”
Porto de Livre Comércio de Hainan
Falências vão ser recordes em São Paulo
“Argentina não tem futuro”
Preços do mercado imobiliário de Montevideo
Home Office muda Manhattan
Fim do ensino presencial?