Mercados: calmaria antes da tormenta?

Mercados financeiros vivem calmaria antes da chegada de grande tormenta

Investidor que conseguir preservar patrimônio nos próximos 12 a 24 meses se sairá melhor

Daniel MiragliaRoberto Dumas

Após um fim de 2018 de grande aversão ao risco, os mercados mundiais apresentaram alguma recuperação neste início de 2019. Nossa visão, exposta em artigos de meados de novembro (antes do movimento de venda do fim de 2018), permanece inalterada.

Este início de 2019 nos parece uma calmaria antes da chegada de uma tormenta grande.

Os principais pontos de nossa análise permanecem inalterados. Leia-se: alavancagem recorde de empresas, governos e consumidores em todo o espectro do G7, perigosa tendência política mundial voltada ao nacionalismo e ao populismo e um ciclo econômico de expansão de dez anos que já mostra estar no seu ponto de inflexão.

A inversão das curvas de juros de dois e cinco anos nos Estados Unidos, o crescimento menor da China, a grande probabilidade de recrudescimento das tensões comerciais e o menor crescimento da zona do euro continuam afetando as perspectivas para a economia global em 2019 e em 2020

Poder-se-ia argumentar que a postergação da subida da sobretaxa sobre importações da China pelos EUA seria um sinal de arrefecimento nas tensões. Discordamos.

Se o cerne da questão é o alegado roubo de propriedade intelectual e a presença de membros do Exército de Libertação do Povo Chinês em empresas estratégicas e de comunicação, certamente esses problemas não serão endereçados em 10 ou 30 dias.

A analogia de Hayek, ao criticar as políticas keynesianas, de um alcoólatra que precisa cada dia mais dessa substância entorpecente para viver em uma alegria (falsa) e cada vez mais passageira nos parece perfeita aqui.

Todos sabemos como termina a história de um alcoólatra. Ou ele sofre consequências irreversíveis de saúde ou terá de enfrentar a maior ressaca de sua vida.

No caso da economia mundial, a substância etílica é o dinheiro dos bancos centrais, emitido para a recompra de dívidas desde 2009 e os juros mantidos em níveis extremamente baixos por dez anos.

Os dependentes etílicos são as empresas, que tomaram dívida para recomprar suas próprias ações —dado que a relação dividendo e preço da ação (dividend yield) mostrava-se acima dos juros correntes—, sem o correspondente aumento nos investimentos; as famílias, tocadas pela felicidade do dinheiro barato, tomando mais dívida para comprar imóveis, automóveis e até para pagar os estudos; e os governos, que entraram em políticas fiscais expansionistas recordes.

Justamente quando já era hora de a festa começar a ser mais controlada, a moderação, ser ressaltada, e a música, baixada, entra em cena uma nova rodada de bebidas servidas por garçons animados!

O resultado de nosso diagnóstico central já está se refletindo em uma infinidade de indicadores antecedentes no mundo. Fica evidente que o ganho de cada unidade de intervenção adicional dos governos é preocupantemente menor.

Além disso, os juros ainda estão muito baixos, e o efeito anticíclico da política monetária também não poderá ser usado desta vez.

Desenha-se, com probabilidade bem razoável, um cenário de fortes tempestades nos mercados nos próximos 12 a 24 meses.

Investidores devem começar a migrar seus portfólios neste ano e o mais breve possível para estratégias de preservação de patrimônio.

Consideramos inteligente aproveitar esta fase de “negação” do mercado para fazer tais ajustes nos portfólios.

Entraremos em mares nunca navegados, e o investidor que conseguir preservar seu patrimônio nos próximos 12 a 24 meses provavelmente se sairá melhor que a maioria das pessoas que ainda está no salão da festa, se divertindo, sem considerar os efeitos desses excessos.

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