Para Moreira Franco, trajetória da dívida é “absolutamente incontrolável”

Para Moreira Franco, trajetória da dívida é “absolutamente incontrolável”
Secretário diz que turbulência econômica é a pior da história do País e que intervenção do FMI “é bobagem” diante do quadro atual; enfrentar a crise é “incompatível” com projeto eleitoral
Andrei Netto, enviado especial,
O Estado de S. Paulo
18 Outubro 2016 | 05h50
TÓQUIO – O secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, um dos mais próximos assessores do presidente Michel Temer, afirmou nesta terça-feira, 18, em Tóquio, no Japão, que a trajetória da dívida pública do País “é absolutamente incontrolável”. A afirmação foi feita a jornalistas às margens de um evento em que o governo vendia a atratividade da economia do Brasil a líderes empresariais japoneses.
Segundo Moreira Franco a crise atual é a “pior da nossa história”. O quadro foi descrito com base nos dados de déficit público, que em 2016 está avaliado pelo Ministério da Fazenda em R$ 170 bilhões, e em 2017 pode chegar a R$ 134 bilhões. “Temos uma dívida que cresce de maneira assustadora, com uma taxa de juros de 14,25%. A capacidade, o potencial de crescimento dessa dívida, é superior à da Grécia”, argumentou. “A Grécia está nessa situação com uma taxa de juros de 2%, 2% e pouco, o Brasil é 14,25%. Estamos com a economia totalmente desorganizada.”
Para o secretário, o Brasil não passou por momento pior nem na época da hiperinflação dos anos 80, das moratórias da dívida pública ou da intervenção do Fundo Monetário internacional (FMI). “Você acha que a intervenção do FMI é superior a estar com uma trajetória de dívida absolutamente incontrolável?”, respondeu, ao ser questionado pelo Estado. “A intervenção do FMI é bobagem diante desse quadro. É uma questão política. Este quadro que nós estamos vivendo, não. É uma questão econômica grave que gera problemas sociais incríveis para a sociedade brasileira.”
Moreira Franco entende que os membros do atual governo que participaram da administração de Dilma Rousseff, como ele próprio e o presidente Michel Temer, não puderam impedir a degradação das contas públicas. De acordo com o secretário, o plano Uma Ponte para o Futuro, proposto pelo PMDB à ex-presidente, foi “visto como uma provocação, uma coisa inútil”. “O povo brasileiro foi às ruas em um processo de desespero, com uma situação econômica extremamente desconfortável”, analisou.
As declarações foram feitas a jornalistas brasileiros minutos depois de um evento com empresários japoneses na embaixada do Brasil em Tóquio. Em sua palestra, Moreira Franco utilizou um tom oposto, afirmando que o governo Temer está estabilizando a economia, convidando os empresários japoneses a investir no país. “Este é o único compromisso do presidente Temer: colocar o Brasil no novo trilho”, afirmou.
O secretário entende ainda que Temer está dedicado a enfrentar a crise, o que seria “incompatível” com um projeto eleitoral. “Um projeto eleitoral não está no horizonte do presidente Michel Temer. O projeto dele está voltado basicamente para a solução da crise econômica”, justificou. “É quase incompatível. Eu diria até que é incompatível se pensar em um projeto eleitoral e ao mesmo tempo ter de enfrentar no dia a dia o desafio da mais grave crise econômica da nossa história.”

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